Lisboa recebe o espectáculo de dança “HappyMerryJoyYay!”

HappyMerryJoyYay!” tem origem no projecto Stronger Peripheries: A Southern Coalition que agrega 14 organizações artísticas e de pesquisa de 10 países europeus, no qual 2 parceiros apoiam um artista. Inês Jacques foi a primeira artista escolhida a trabalhar com as 2 comunidades desses 2 parceiros: Município da Moita através da Artemrede e Théatre + Cinema Scène Nationale Grand Narbonne, através da Occitanie em Scène, projecto financiado pela Europa Criativa/ UE.

A coreógrafa realizou várias residências artísticas em Narbonne e Moita, onde trabalhou com a população local que colaborou na construção do espectáculo, passando por estas sessões dezenas de pessoas dos 10 aos 90 anos.

Em “HappyMerryJoyYay!” participam 4 pessoas destas comunidades: 3 em palco como performers e 1 nos bastidores em assistência aos figurinos e à maquilhagem. Estes participantes são bombeiros em formação, desempregados, reformados, estudantes de teatro, cabeleireiras, etc e aqui são artistas de pleno direito, juntamente com os outros dois performers profissionais Yana Suslovets (Ucrânia/ Portugal) e Bruno Alves (Portugal). A música é da autoria de Miguel Fonseca (Bizarra Locomotiva, Plastica…)

 

Se tivéssemos a oportunidade de montar um mundo novo, com o cuidado de quem cozinha uma receita nova, pela primeira vez, e quer que saia o melhor possível, como seria?

Colocámos esta questão a dois grupos de duas comunidades: uma na Moita (Portugal), outra em Narbonne (França). Em conjunto, imaginámos como seria a organização deste mundo, como seria a sua língua, a sua forma, as suas cores, os seus trajes, o seu movimento, a sua canção, o seu nome, a sua bandeira. Um mundo fazível, criado com o contributo do universo individual de cada participante.

Analisámos muitas propostas existentes, desde as ficcionais às efectivamente implementadas, as mais distantes e mais próximas do actual, as mais elaboradas e as mais simples e todas têm traços comuns. Todas acabam por falhar no seu tempo de existência ou no seu propósito. Na melhor das hipóteses, continua-se a escrever, a debater e a tentar chegar a uma ideia de como viver melhor. E isso, é bom.

Mas continuamos com a mesma questão, é possível um mundo melhor? Temos mil repostas porque somos mil também, e por isso, não sabemos a resposta certa. Sabemos que todas estas propostas de mundos melhores têm a felicidade como último reduto. Será assim a felicidade um bem tão precioso para ser vendido tão abundantemente? E se decidíssemos, apenas, ser felizes a partir deste preciso momento? Então vamos ser felizes! Sem concessão! HappyMerryJoyYay! parte desta decisão e de uma extrapolação de possibilidades com o bom senso mais livre possível.

 

“HappyMerryJoyYay!”

Biblioteca de Marvila (Lisboa)

16 Novembro, 19:30h

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