O Festival Jardins do Marquês – Oeiras Valley volta a dedicar uma das suas 7 noites aos sons da lusofonia. Os ritmos africanos invadem os jardins junto ao Palácio do Marquês de Pombal em Oeiras no dia 6 de julho. Os Kriol Kings, projeto de Nelson Freitas e Djodje, sobem ao palco principal, com uma primeira parte a cargo de Tabanka Djaz. Nessa mesma noite, Batida b2b Bonga tomam conta do Palco Nortada.
O projeto Kriol Kings resulta do encontro de Nelson Freitas e Djodje, dois dos nomes mais sonantes da música da lusofonia, com o intuito de empoderar Cabo Verde, através da Cultura. Hoje é difícil falar da música de Cabo Verde, que de lá parte para todo o mundo, sem falar do contributo dado por Nelson Freitas, com o seu casamento entre o zouk cabo-verdiano e o R&B. Temas como “Miúda Linda”, “Bo Tem Mel” ou “Break of Dawn”, com Richie Campbell, são sucessos arrebatadores. Já Djodje é outro dos nomes que partiu de Cabo Verde para o mundo, conquistando uma vasta legião de fãs graças a temas como “Não Vai”, “Dói Demais”, “Vamos Fugir“, com Cuca Roseta, ou “A Fila Anda”, com Jimmy P.
Tabanka Djaz é um dos projetos mais identificativos da música feita na Guiné Bissau. Formaram-se em 1988 e, em pouco tempo, conquistaram visibilidade nacional e internacional. O primeiro disco, “Tabanka”, foi editado em janeiro de 1990, e, desde aí, nunca mais pararam de surpreender os fãs. Em poucos anos de carreira já haviam passado por Angola, Moçambique, Senegal, França, Luxemburgo, Holanda, EUA, Cabo-Verde, entre muitos outros países.
O encontro entre Bonga e Batida tornou-se inevitável. Pedro Coquenão (Batida) diz: “Cresci a vê-lo na televisão como um Super-Herói. Um dia sentámo-nos à mesa, por causa de Angola, e a conversa não parou até hoje…”. A ligação entre ambos assenta na celebração da cultura e tradição angolanas, sempre numa perspetiva de evolução. Estarem os dois em palco, por si só, já é um acontecimento, porque Bonga não se coloca habitualmente na posição de DJ, nem este é um DJ set normal: é um momento que junta dois artistas, que partilham uma história e a sua cumplicidade com o público. A estrutura habitual de um B2B será respeitada: Batida passa uma música, Bonga passa outra, sabendo nós que este momento transcende um simples DJ set.