Karma is not a fest… Concertos, criações artísticas, conversas e caminhadas em Viseu

Karma explora os lugares centenários da Mata do Fontelo e, como se de Karma se tratasse, ‘chama-nos’ para criar neles as ‘nossas’ histórias nos dias 27 de Agosto, 3, 10 e 17 de Setembro.

 

A estratégia é multidisciplinar, focada em explorar os sons, histórias, paisagens e música na Mata do Fontelo através de 11 concertos, 1 cine-concerto, 4 criações artísticas, 4 conversas e  4 caminhadas, entre eventos in loco e conteúdos disponíveis exclusivamente online.

A necessidade e dever de reduzir a lotação dos locais utilizados para o evento promovem a vontade de criar e partilhar com o público os conteúdos produzidos sempre de forma contínua. Um evento à medida da realidade: seguro e realizado por profissionais disponíveis para prestar todas as informações e fazer cumprir os comportamentos fundamentais como desinfeção das mãos, distanciamento físico, uso de máscara, respeito por percursos e lugares marcados, de modo a proporcionar ao público, artistas e equipa todas as condições de segurança.

Com propostas entre produção local e artistas nacionais, procura-se assim colaborar para descentralizar a oferta cultural, um dever para com o público e vários artistas e atores culturais.

4 Conversas

As Conversas, realizadas em parceria com a “Iniciativa 232.” (da Projecto Património), procuram abordar a temática alargada do “Espaço Público”. Através de conversas informais, registadas e disponibilizadas online, fala-se das experiências, desafios e sugestões que instituições, projectos e indivíduos aceitam partilhar no Karma.

Desde a criação musical comunitária, ao uso de plataformas digitais como modelo natural de funcionamento e interação, o primeiro “set” de conversas terá convidados nacionais e internacionais, cada qual trazendo o seu ponto de vista, ainda que não esquecendo que a música é o motivador principal do Karma.

 

4 Caminhadas

As caminhadas são conteúdos disponíveis no site do Carmo´81 em que desafiam o público a fazer o percurso recomendado no conforto de sua casa imaginando a sua presença na Mata, ou inloco com os dados ligados a acompanhar o conteúdo online.

Liliana Bernardo lê Gonçalo Mira num percurso pela Mata com a leitura da obra poética Fontelo, livro de autor de Gonçalo Mira dedicado à Mata.

João Dias apresenta uma visita guiada pela arte pública produzida pelo projeto Poldra.

Experiência de procura sonora pelos percursos da Mata do Fontelo, a partir da criação original de Sofia Moura e Remi Gallet.

Em É uma Mata não é um Parque, Hélder Viana e Paulo Barracosa explicam a diferença num percurso pela ideologia adoptada na reabilitação da Mata do Fontelo.

 

11 Concertos

27 de Agosto

18h30m – Arianna Casellas

21h30m – Aurora Brava Redux

22h00m – Filipe Sambado

 

3 de Setembro

18h30m – Tiger Picnic

21h30m – José Pedro Pinto

22h00m – Cine-concerto Surdina de Rodrigo Areias, com argumento de Valter Hugo Mãe e musicado por Tó Trips

 

10 de Setembro

18h30m – Unsafe Space Garden

21h30m – Stereoboy

22h00m – Dada Garbeck

 

17 de Setembro

18h30m – Contos e Lenga Lendas

21h30m – Samuel Martins Coelho

22h00m – HHY & The Macumbas

 

Arianna Casellas

Canta o seu proto diário de viagem: uma mensagem metida em garrafa de vidro e atirada a um mar qualquer; um percurso de escadarias cujas direções não se entendem mas são giras de ver. Este disco navega por entre histórias de aventuras, nostalgia e muita família, acompanhado por sonoplastias discretas que espreitam nos momentos narrados das canções.

 

Samuel Martins Coelho

A ideia de gravar um disco para violino solo já várias vezes tinha surgido mas o tempo nunca parecia o certo. Foi no violino que fez grande parte da sua formação e com o Violino iniciou a sua carreira como músico, na altura em orquestra. A fortíssima tradição histórica e cultural do violino, imprimia um forte respeito e uma certa cautela a esta ideia. Mas as ideias amadurecem e ganham forma e o tempo certo para as concretizar sempre chega.

 

HHY&The Macumbas

Quando uma brass band passa nas ruas de Nova Orleães pára-se para ouvir. As marchas efusivas, som cheio, unidireccional que, na sua forma circular, assume múltiplas direcções, o carácter cerimonial do movimento e da música aprazem a atenção, os sentidos apuram-se e o corpo vibra. Mais do que um ritual, é uma celebração. E é nesse registo de celebração que a música dos HHY & The Macumbas existe.

 

Tiger Picnic

É dueto guitarra e bateria que vai beber inspiração às escolas do blues, do garage e do punk sob uma estética lo-fi para criar um género próprio: “Catano Blues”.

Do som cru captado no sótão lançaram The Essential Catano Blues Volume I, II e III, seguido de uns EPs cada vez que fazem férias ou que um fascistazeco é eleito.

 

José Pedro Pinto

Licenciado em Cinema e com formação em guitarra clássica, a sua música original combina o som clássico com a severidade da guitarra acústica de 12 cordas. Começou a dar concertos em 2019, contando desde então com atuações a solo no Carmo’81, ACERT, Fnac Viseu e festivais Mescla e Sementeira.

 

Cine-concerto

Surdina de Rodrigo Areias, com argumento de Valter Hugo Mãe e musicado por Tó Trips. Surdina é uma “Tragicocomédia Minhota”. A estreia de Surdina em território nacional acontece em Julho depois da estreia mundial na 43.ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

 

Unsafe Space Garden

Nasce na Penha de Guimarães e cantam o musgo e o absurdo. O caminho pelas Penhas do mundo faz-se sempre às gargalhadas: a arma neutralizadora de todos os males, o que não implica que de quando em vez não se deixem levar pelo nome. Nesta dicotomia subsiste a impressão digital das canções: bonecas russas que não sabem quando acabam mas que reconhecem que precisam umas das outras.

 

Stereoboy

Tal como na estereofonia, o projeto Stereoboy também é feito de dois canais. O projeto pessoal de Luís Salgado associa-se em cada momento a um outro canal que pode ser uma pessoa, um coletivo ou apenas uma máquina.

Na nova vida de Stereoboy, a eletrónica junta-se à bateria e percussão industrial criando drones tanto imersivos e contemplativos como agressivos e ruidosos. Depois de dois EP’s e um álbum lançado em 2013 pela editora PAD, Stereoboy lançou um novo disco em Abril de 2020 numa parceria de edição entre O Cão da Garagem e a inglesa Dirty Filthy Records chamado Kung Fu.

 

Dada Garbeck

É o projeto de Rui Souza que, até à data, já desenvolveu inúmeros trabalhos artísticos um pouco por todo o mundo. Dada Garbeck apresenta o seu mais recente trabalho The Ever Coming – Vox Humana editado em 2020 pela Discos de Platão, naquilo que se pode chamar um álbum dedicado à voz humana. A voz e os sintetizadores ou a voz como sintetizador são a chave deste concerto. E talvez seja isto que torne este álbum tão belo – a comunhão ancestral da perenidade da voz, da nossa voz, sacrílega. Uma ode de redenção. Uma voz onde cabe todo o linguajar do mundo.

 

Contos e Lenga Lendas

É uma série de concertos e gravações criadas por Gil Dionísio. Concertos para violino e contos cantados. Melodias, cantigas e lenga-lendas criadas a partir dos muitos mundos de Dionísio. Cada peça um conto, cada conto uma história. E para cada história surgem canções, sinfonias e sons para um violino que bebe de uma música clássica que não quer ser antiga, da música tradicional um pouco de todo o mundo e de um jazz quase esquecido: inspirado na ideia do solo, do solista e das histórias que se contam quando não há rede.

 

AURORA BRAVA -redux-

Os AURORA BRAVA trazem na sua música elementos de vários subgénerosda música alternativa como o artrock. Letras nubladas e luminescentes discorrem sobre melodias extáticas e riffs de guitarra à la headbanger.

 

Filipe Sambado

Inaugurou o seu percurso musical em 2012 com o lançamento do EP Isto Não É Coisa Pra Voltar a Acontecer. No entanto, aconteceu mesmo e assim chegaram até nós 1,2,3,4 e Ups… Fiz Isto Outra Vez, que abriram caminho para Vida Salgada, o seu primeiro longa duração lançado em 2016. A este sucedeu-se Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo editado em Abril de 2018 com selo NorteSul/Valentim de Carvalho. No primeiro trimestre de 2020 Filipe Sambado participou no Festival da Canção interpretando o tema original “Gerbera Amarela do Sul” que o consagrou vencedor do voto do Júri e lhe rendeu o 3º lugar no pódio da final. Este tema integra o seu novo disco Revezo, o seu segundo pela NorteSul/Valentim de Carvalho e terceiro trabalho sob a alçada da agência e promotora Maternidade.

Partilha