Regressa em julho a terceira edição do Hat Weekend, o festival de rua que pretende celebrar o chapéu e as suas tradições. Entre 19 e 21 de julho, S. João da Madeira voltará a receber dezenas de propostas artísticas que, da música à performance, ou das artes visuais ao ilusionismo, atualizam a história daquele que é o símbolo máximo da cidade. Na lista de primeiras confirmações, o ilusionista Mário Daniel, o coletivo Kumpania Algazarra e o espetáculo de comunidade Lúmen.
Antes da chegada do festival, a capital do chapéu inaugura a 13 de Abril, a instalação de Andrés Lozano, aquela que será a segunda obra a integrar o circuito de arte urbana iniciado no ano passado com a pintura de Mariana, a Miserável. O projeto, comissariado pelo Canal 180, prevê a criação de um conjunto de peças que reinterpretam a herança chapeleira da região. Para esta edição, o artista Andrés Lozano convida a população a partilhar as memórias, histórias e olhares sobre a cidade que os viu nascer.
Consagrado mágico, conhecido do grande público pelo programa Minutos Mágicos, emitido pela SIC, Mário Daniel apresentar-se-á, pela primeira vez, em S. João da Madeira para estrear um espetáculo único. Stand-Up Magic é uma encomenda especial do festival e juntará o ilusionismo ao já característico sentido de humor do artista. Pensado para todas as idades e especialmente vocacionado para o público familiar, a apresentação será ainda pautada por efeitos visuais e intervenções multimédia.
É da mistura entre marionetas de grande escala e as ideias e participação da comunidade que nasce Lúmen – Uma História de Amor, uma produção de teatro da S.A.Marionetas – Teatro & Bonecos de Alcobaça. Envolvendo, a cada apresentação, cerca de 80 participantes, o espetáculo ilumina a noite através de uma narrativa musical e de movimento, onde todos os que assistem participam.
Personagens com cinco metros de altura deambulam perto do património edificado contando histórias que se confundem com as locais. Em terras de S. João da Madeira, onde o conhecimento profundo da arte da chapelaria passou de geração em geração, Lúmen terá um novo despertar coroado pelos mais sábios mestres chapeleiros, deixando às gerações futuras a responsabilidade de manter a luz viva, preservando-a e transmitindo o significado da sua grandeza patrimonial na forma de um objeto de adoração coletiva: o chapéu.
E porque não há festival de rua que viva sem a música, quem melhor que os Kumpania Algazarra, brigada maior da música em formato fanfarra do panorama nacional. Saltimbancos, filhos da estrada e do vento, músicos em folia permanente submergidos num cocktail de música animada, as suas combinações de notas musicais formam um rendilhado de culturas, onde estão presentes, de forma conjugada ou separada, os sons balcânicos, árabes, latinos, africanos, o ska e o funk. Música nómada, multilinguística e universal, que pautará de festa um fim de semana com múltiplas ofertas a descobrir em S. João da Madeira.