Há um novo festival de música em Coimbra…

O Festival M acontece entre os dias 19 e 21 de Julho na praia fluvial de Palheiros e Zorro (por vezes apelidada praia fluvial de Torres do Mondego), freguesia de Torres do Mondego, em Coimbra. Little Orange, Spookyman, Leo Middea, Chinaskee & Os Camponeses, Huggs, CAN CUN, The Dusty Shakers e Mother Engine são os nomes confirmados.

Spookyman é o projecto do músico italiano Giulio Allegretti. Depois de ter feito um percurso que o levou a tocar em diversas bandas, foi aos 23 anos de idade que se decidiu a dar início ao seu projecto one man band. O multi-instrumentista italiano é fortemente influenciado pelo Delta Blues e nomes como John Lee Hooker, Muddy Waters, Son House, Luis Armstrong, Nat King Cole ou mesmo Tom Waits, Nick Cave, Leonard Cohen. A sonoridade de Spookyman é uma sombra do passado que abraça o presente, onde o blues dita as leis

A música de Little Orange pode ser definida como um Blues/Gospel experimental, que lhe permite viagens incensáveis, que se estendem do blues do Sul profundo da América, numa igreja Baptista, até ao Capim e ao rock pré-histórico. Little Orange em palco é um verdadeiro blues-man, e a sua técnica, combina e mistura o cheiro do Mississippi, das cabanas rurais de Clarksdale e das mãos negras que colhiam o Algodão… Blues e Gospel são o sangue que corre desenfreadamente nas veias de Little Orange.

 

Querendo sempre transparecer na sua música as suas vivências pessoais, os temas que Leo Middea aborda vão acompanhando a sua história como uma fotografia. As suas músicas falam das suas viagens, dos medos, das paixões, dos sonhos, dos desgostos e de tudo mais que está inerente à vida de qualquer pessoa. A sua maior vontade é mostrar ao mundo as suas raízes, os ritmos que correm nas suas veias e as palavras que descrevem o seu caminho até então. Em 2014, lançou o seu primeiro álbum, “Dois”, e imediatamente recebeu um convite para uma extensa digressão na Argentina, fazendo 28 concertos entre janeiro e março de 2015. Após o seu regresso ao Brasil, em março de 2015, conheceu o produtor musical Peter Mesquita, com quem gravou o seu segundo disco, “A Dança do Mundo” (2016). Este álbum foi o culminar de todas as experiências que Leo adquiriu com as suas viagens por diversos países. O disco foi lançado em março de 2016, após um encontro mundial de cultura na Índia, e em poucos meses conquistou lugar em diversas seleções de melhores discos do ano. Leo já fez mais de 20 concertos em Portugal, onde conquistou o público e críticos.

Tudo em Chinaskee & Os Camponeses exala uma aura bucólica, em que o seu rock se dilui em reverberações intensas, teclados saturados e uma mescla de cores que desenha uma paisagem muito clara, por onde o tempo passa e por lá parece ficar. No disco de estreia, “Malmequeres”, destacam-se melodias pop orelhudas, arranjos cuidados e um namoro de alucinogénios entre os reverbs intensos e a solenidade dos teclados

Simultaneamente inspirados pela energia crua e indisciplinada do panorama underground britânico e pelas baladas românticas típicas dos anos 50 e 60, os Huggs nascem do contraste entre as melodias contagiantes glam/rock do Duarte Queiroz na guitarra e voz e a irreverência punk e bateria pesada do Jantónio, quando os dois se conhecem por acaso num projecto de universidade. Ao vivo, apresentam-se como power trio, contando para isso com a ajuda do Guilherme Correia (Ditch Days), que depois de assistir a um ensaio, não só se encarregou do baixo como ajudou a produzir e completar as primeiras canções da banda. Desta forma, Huggs imediatamente nos transporta para uma atmosfera tão suja, fria e insensível – impossível não lembrar a tão aclamada série Shameless – quanto quente e apaixonante. “Take My Hand” é o single de apresentação da banda e foi retirado de um primeiro EP com edição marcada para o último trimestre de 2018, gravado pelo Gonçalo Formiga (Cave Story) no seu estúdio nas Caldas da Rainha e produzido pelo próprio em conjunto com a banda.

Depois de surgirem com o surpreendente EP “Thin Ice Dance Floor” (2015) este ano os Can Cun lançaram o álbum “Wanderlust”. Este disco veio confirmar uma clara evolução na sonoridade do trio de Vila Real. Com uma linha melódica bem definida, suportada por uma harmonia sonhadora, Bruno André Azevedo, Bruno Coelho e Jorge Simões mostram uma vez mais a delicadeza do seu dream pop, assumindo nas suas canções uma natureza mutável e imprevisível

 

Andarilhos vaguenado sobe areias do tempo. Cantos primitivos. Batidas tribais. Reverb. Partículas de folk’n’blues sobre ondas surf. Sangue e pólvora. Fuzz e veneno. Os The Dusty Shakers são Vico na voz e guitarra, Paula Nozzari na bateria e washboard e Varejão na guitarra, baixo e vozes.

 

O trio alemão Mother Engine pratica um rock próximo do stoner e do pós-rock, com laivos do psicadelismo dos 60’s e 70’s e do seu conterrâneo krautrock.

 

19 Julho

Little Orange

Spookyman (Itália)

 

20 Julho

Leo Middea (Brasil)

Chinaskee & Os Camponeses

Huggs

 

21 Julho

CAN CUN

The Dusty Shakers

Mother Engine (Alemanha)

 

O início dos concertos está marcado para as 18h00 e a entrada é livre.

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