Foi assim o Abril vivido no “Bairro (da música)”

Abril no Bairro”, foi o evento criado pelo Bairro da Música para celebrar o 25 de Abril com os artistas da agencia. Um verdadeiro sucesso com mais de 100 mil pessoas a assistir às actuações dos Blind Zero, Joana Alegre, Jorge Palma, Pedro Moutinho, Rui David, The Happy Mess, Vicente Palma e Zeca Medeiros pelo Facebook e foram muitas as partilhas durante o fim-de-semana.

 

Às 21h30 do primeiro dia de “Abril no Bairro”, Rui David entoou “Quem canta sempre se levanta, calados é que podemos cair“, uma versão de “Atrás dos Tempos vêm Tempos”, de Fausto Bordalo Dias. Seguiu-se Vicente Palma com “Para Rosalía“, de Adriano Correia de Oliveira, tema que já tinha gravado em 2007, num disco de tributo ao intérprete e autor. Pedro Moutinho, acompanhado à guitarra por Luís Barroso e Hugo Gamboias, e na viola por Luís Carlos Santos, deu voz a “Trova do Vento Que Passa“, também de Adriana Correio de Oliveira. A fechar a noite, os Blind Zero apresentaram “We Shall Overcome“, um hino de luta pelos direitos trabalhadores, que terá sido cantado pela primeira vez pelos trabalhadores do tabaco, na década de 40, nos Estados Unidos, tendo sido posteriormente cantada por vários intérpretes desde Joan Baez a Bruce Springsteen.

No dia 25 de Abril, a noite começou com Joana Alegre que musicou “Poemarma“, um poema escrito no exílio por Manuel. Do meio do Atlântico, Zeca Medeiros respondeu à chamada entoando o “Cantador” com vários amigos, tema que dedicou a Zeca Afonso. Seguiram-se The Happy Mess que se declararam “inconscientes” por “se atrevem a fazer uma versão de uma das melhores canções sobre a esperança e a busca por dias melhores”, referindo-se a “O Primeiro Dia“, de Sérgio Godinho. Jorge Palma fechou a noite, e o “Abril no Bairro”, lembrando que “estamos confinados, mas não amordaçados”, entregando-se, como só ele, a uma versão acústica de “Na Terra dos Sonhos”.

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