Festival Internacional de Música de Espinho assinala 50 edições

Omar Sosa com a Orquestra de Jazz de Espinho, Dee Dee Bridgwater Quarteto, Pedro Burmester e Mário Laginha, Anna Prohaska, Coro Gulbenkian, Paquito d’ Rivera e Hiromi Uehara são alguns dos destaque da 50.ª edição do FIME que conta, ainda, com um Festival Junior.

O Festival Internacional de Música de Espinho (FIME) anuncia a 50ª edição, de 14 de junho a 22 de julho, com duas dezenas de concertos no Auditório de Espinho – Academia e em diversos espaços da cidade, incluindo a Praça Dr. José de Oliveira Salvador (Câmara Municipal) e a Igreja Matriz de Espinho.

Com uma programação diversificada e abrangente, que tem como âncora a música erudita e o jazz, o FIME apresenta produções próprias e projetos desenvolvidos especificamente para o festival. Entre as muitas propostas da 50.º edição destaque para Omar Sosa, que se apresentará na abertura com a Orquestra de Jazz de Espinho, mas também para a dupla de pianistas Pedro Burmester e Mário Laginha, o violinista Daniel Rowland com a Camerata OCE, o cravista Pierre Hantai, o pianista Pierre Laurente Aimard com a soprano Anna Prohaska, o Coro Gulbenkian, o saxofonista Paquito d’ Rivera, a pianista Hiromi Uehara, a voz de Dee Dee Bridgwater, o bandolinista Avi Avital, entre muitos outros.

A abertura do FIME realiza-se dias 14 e 15, na Praça Dr. José de Oliveira Salvador. A abrir, um espectáculo inédito de Omar Sosa & Orquestra de Jazz de Espinho, sob direção musical de Eduardo Cardinho e Paulo Perfeito; e no segundo dia, Pedro Burmester e Mário Laginha vão apresentar um concerto especial – tendo em conta as 50 edições do FIME e os 50 anos do 25 de abril – com peças emblemáticas de compositores que forjaram os sons da Revolução como José Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto, com arranjos de Mário Laginha, Bernardo Sassetti e João Vasco. Será ainda interpretada uma nova obra de Luís Tinoco.

O encerramento do festival acontece dias 20 e 22 de julho, na Praça Dr. José de Oliveira Salvador e no Auditório de Espinho – Academia, respetivamente. No sábado, dia 20, a Orquestra Clássica de Espinho, sob direção da Maestrina Joana Carneiro, vai interpretar a 9.ª Sinfonia de Beethoven, uma das obras mais marcantes da música orquestral do século XIX, com a participação do Coro Sinfónico Inês De Castro e o VIANAVOCALE – Coro AMVC. A 22 de julho, na despedida da 50.ª edição do FIME, Dee Dee Bridgewater Quarteto irá rever canções de protesto do cancioneiro americano, numa alusão à efeméride dos 50 anos do 25 de abril. Herdeira da tradição americana das grandes cantoras de jazz que marcaram a história, Dee Dee Bridgewater regressa a Portugal com o seu timbre quente, um swing irrepreensível e uma magistral musicalidade.

Destaque ainda para o Festival Júnior, que acontece dia 30 de junho de manhã, no Auditório de Espinho – Academia. Concertos para miúdos e graúdos, em ambiente informal e descontraído, que promovem a criatividade e a imaginação, nomeadamente: ”O Carnaval dos Animais”, suite para agrupamento de câmara com dois pianos solistas, de teor humorístico e em que Camille Saint-Saëns caracteriza diversos animais através da música; “Boléro”, uma obra emblemática de Maurice Ravel que é também uma aula sobre os instrumentos; e “A minha mãe ganso”, também de Maurice Ravel, uma obra para piano a quatro mãos inspirada no imaginário infantil, em especial dos contos de Charles Perrault. 

O FIME teve a sua primeira edição em 1964 e ao longo de 13 edições, até 1976, realizou-se ininterruptamente. Reapareceu em 1985, com mais energia programática, mas voltou a não se realizar em 1990. Um ano depois teve uma edição isolada, renascendo em 1994 para não mais parar até então, já lá vão 31 edições. Em 2024, o FIME segue a linha programática que o caracteriza, apresentando propostas de elevado recorte artístico, asseguradas por intérpretes de primeira linha no panorama nacional e internacional.

A programação da 50.ª edição do FIME pode ser consultada on-line

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