Está aí o disco de estreia de Angelica Salvi… “Phantone”

Phantone” acaba de ser editado hoje via Lovers & Lollypops e vai percorrer o país num ciclo de concertos de apresentação.

A 24 de outubro passa pelo Jameson Urban Routes promovido pelo Musicbox em Lisboa e a 30 do mesmo mês na St James Anglican Church no Porto.

 

O álbum de estreia de Angélica Salvi expressa aquilo que se tem vindo a aprender com o seu trabalho ao longo dos últimos anos, através das suas colaborações e participações em diversos projectos: tem uma habilidade única de comunicar e de se expressar livremente com o seu instrumento, a harpa.

Natural de Espanha, mas residente do Porto desde 2011, onde lecciona no Conservatório de Música. O seu percurso inclui colaborações com Evan Parker, Orquestra Sinfónica da Casa da Música, Ensemble Modelo 62, Brokkenfabriek, Butch Morris, e trabalhos desenvolvidos para a Sonoscopia ou o Balleteatro. Actualmente integra o Vertixe Sonora Ensemble e dirige o Female Effects, um projecto em volta do desenvolvimento de peças acústicas e electrónicas de criadoras femininas.

O título Phantone é um jogo de palavras que revela as intenções das peças livres e genuínas de Angélica Salvi. Um jogo em que não se brinca, a associação entre “pantone”, “phantom” (fantasma) e “tone/tom” consolida a experiência e as ideias formadas pela compositora em volta de improvisação e de música electroacústica e experimental. O álbum, gravado durante o Encontrarte de Amares, no Mosteiro de Rendufe, procura a liberdade, sonora e de como o som pode habitar um espaço com diferentes camadas e alusões a diversas caminhos.

 

A sala permitiu a Angélica Salvi trabalhar delays, justaposições, ecos e reverberações, criando sons elásticos e que coexistem em harmonia ao longo de Phantone. Se há algo de fantasmagórico a habitar na sua música, é o ouvinte que a procura, através da ligação dos pontos/sensações que cada peça desencadeia.

O “fantasma” que existe nas sete peças de Phantone é bem real, mas menos formal do que se imagina. Mais uma afirmação do que uma presença, seja nos lugares imaginados da música de Salvi ou nos efeitos em concreto que a gravação no Mosteiro produziram na sua música. Sente-se a elevação de Angélica Salvi como compositora/solo, usando a sua harpa como uma varinha mágica que controla tempo e espaço e os sentidos do ouvinte. Música que se lê, ouve, cheira, sente e se prova.

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