EP “Filigrana” de Diogo Divagações já disponível

Diogo Divagações entregou-se às palavras aos 14 anos, e desde cedo se apercebeu que havia ali – naquele emaranhado de formas e num aliterar de imagens em linhas – uma segurança e um conforto sem igual. Foi acolhido pela comunidade de hip-hop que existia não só na sua escola secundária, mas na sua cidade de origem (Santa Maria da Feira) e desde logo se empenhou em não descurar de se superar como artista enquanto se conhecia como pessoa.

Em 2009 apresenta o seu primeiro trabalho a solo, “Porventura” e por esta altura já pertencia à crew da cidade chamada Tribozoo.

“O Mundo. O Sonho. O Ser. O Mundo.” data de 2013 e tem lugar de edição em Coimbra enquanto frequentava o curso de Teatro E Educação na ESEC. Um projeto de predominância hip-hop mas a fazer um ligeiro “piscar de olho” ao spoken word. Em 2016 edita o álbum “Ortónimo”. Um tanto provocador por num nome impessoal falar a sua primeira pessoa já com dois nomes vividos artisticamente.

Em 2018 reuniu-se de pormenor num ato de confissão pessoal ao viver-se em “Filigrana”, um curto grito à eternidade onde se funde cada vez mais no que é a mensagem de crença divagante. “Capricho” é o single de apresentação.

 

Nas palavras de Diogo Divagações: “O pormenor é regra suprema da observação. O trato com honra é forma exata de avanço. FILIGRANA é a junção pormenorizada da observação e absorção quotidiana. Nada se renova sem um fim primeiro e toda a criação surge desse destruir para fazer nascer.

Todo o detalhe concerne em si um propósito e um espelho da existência plena. O poeta finge que é dor a dor que sente ou sente a dor que fingiu sentir? Por capricho há-de fazer-se valer de si até que não restem mais sopros de coração que o renovem. Por fim resta-lhe aceitar o padecer sabendo à pior que o para lá da vida é o eterno completo de existir, neste momento eterno e efémero por si só.

FILIGRANA trata de juntar todos os pedacinhos do ser, numa metáfora mais ou menos cintilante, na busca ilusória de uma permanência existencial que nada mais é do que a explosão e o re-situar. “

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