Em Janeiro Cachupa Records celebra 1º aniversário no Musicbox

Do quarto para as grandes salas, a Cachupa orgulha-se de editar artistas como Gamo, Genes“Bem, estes são os únicos artistas que temos mas estamos a trabalhar nisso ok? Entretanto queremos celebrar a editora e os seus artistas e convidámos alguns dos cozinheiros trap mais promissores do país. Por isso venham, tragam amigos, há pratos para todos! Na verdade comprámos aqueles packs de pratos de plástico que vêm em 10… Se faltarem pratos não se importam de comer da panela pois não? Ah e também não sabemos se temos garfos de plástico suficientes, se puderem trazer alguns de casa era fantástico”.

Estes são os convidados da noite…

Lon3r Johny podia ser só mais outro rapper de soundcloud mas a sua resiliência aparece em forma de beats com samples de guitarras melancólicas, vocais melódicos acarinhados por autotune, frases que evocam tanto a auto destruição como a auto reflexão, fundidas com a arrogância e excesso de confiança que só o trap poderia engendrar.

Stramota surge desta vaga de jovens rappers de soundcloud contagiados por uma energia e audacidade que são tão urgentes como são espalhafatosas nas redes sociais, a velocidades estonteantes! Todas estas e mais sensações captadas em apenas uma canção editada em novembro mas “Stack It” é mais que um one-hit wonder.

Do ecletismo hipnótico de The Prodigy até à acidez tresloucada de Moby (Pelo menos nos seus primeiros trabalhos), é assim que definimos o primeiro single de Gamo editado em Dezembro pela Cachupa, objeto de celebração. Mas este primeiro EP está recheado de outras jóias industriais sampladas, remexidas e produzidas com todo o rigor e entusiasmo de um mero adolescente sem idade para uma cerveja…

Do Reino Unido para terra de Camões, Kombat tem sido um dos nomes mais prolíferos da nova vaga. Com as suas canções trap destemidas e arrojadas tem percorrido o país e chamou a atenção de outros contemporâneos como Holly Hood ou 9 Miller… Mixtape de estreia está a ser cozinhada enquanto falamos.

Nada acontece por acaso. Agora parece ser bastante mais fácil dizer isto depois de observarmos relutantantemente o percurso do adolescente-obrigado-a-adulto Luís D’alva Teixeira que criou a partir do seu quarto um verdadeiro conto de fadas. Poderíamos falar de ter sido o primeiro “rapper” a tocar no Barreiro Rocks; De num espaço de um ano partilhar o palco com nomes grandes do subterrâneo urbano como Tommy Genesis, Prince Harvey ou o quasi-maincorrenteMike El Nite ou de merecer elogios por parte de contemporâneos de respeito como Keso ou Da Chick. Poderíamos falar deste impressionante passado mas estaríamos a deixar o presente fugir-nos diante dos olhos.

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