Eli Keszler em data única esta sexta em Braga…

Colaborador regular de Laurel Halo e Oneohtrix Point Never, Eli Keszler, músico norte-americano apresentaráStadium, disco editado no ano passado e considerado pela imprensa como um dos melhores do ano. Eli Keszler apresenta-se esta sexta-feira em Braga, no Gnration, em data única no nosso país.

 

De ano para ano, a atenção sobre Eli Keszler aumenta, atenção essa perfeitamente justificável e meritória. Quando atentamos no complexo e cuidado trabalho que tem vindo a apresentar ao longo da última década, percebemos que estamos perante um raro artista multidisciplinar. Percussionista, compositor, artista visual e sonoro, o norte-americano debruça-se exemplarmente na interação entre som e ambiente, transformando espaço físicos e virtuais através das suas performances, instalações e gravações.

Enquanto percussionista, Keszler tem sido colaborador regular para diversos nomes de excelência da música contemporânea, com destaque maior para Laurel Halo, ao vivo e no seu novo disco Raw Silk Uncut Wood, ou com Oneohtrix Point Never, no recente espetáculo Myriad. Nas colaborações discográficas, encontramos Keszler em coautorias brilhantes com o compositor e produtor norte-americano de música eletrónica Keith Fullerton Withman (em disco homónimo), o guitarrista e multi-instrumentista australiano Oren Ambarchi (em Alps) e o músico norte-americano de jazz Joe McPhee (em Ithaca).

 

Stadium”, o seu nono e mais recente disco a solo, com lançamento pela Shelter Press, editora da artista avant-garde francesa Félicia Atkinson, Keszler diz-nos que é uma resposta à sua recente mudança do sul de Brooklyn para Manhattan. O percussionista eleva o kit de bateria a uma estratosférica fusão de jazz avant-garde, música eletrónica e música ambiental. Ao longo dos 12 temas que compõem o álbum, o que ouvimos é uma luta entre instrumento e espaço físico – que nos primeiros minutos desfaz qualquer ideia pré-concebida sobre o que é uma bateria e como deve soar -, resultando numa soberba aventura de dinâmica e exploração sonora subjugada ao ritmo. Em palco, Keszler prende toda a sua atenção na exímia abordagem que faz à bateria, transpondo público e som para uma nova dimensão. “Stadium” figurou na 13ª posição na lista dos 50 melhores discos de 2018 para a conceituada magazine britânica Wire. Já a reputada Boomkat deu-lhe o título de melhor disco de 2018.

 

Photo: Brendan Burdzinski

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