Durante a pandemia, quando tudo parou, Madalena Palmeirim fugiu Atlântico fora com o seu cavaquinho e cercou-se entre o mar-a-toda-a-volta e as montanhas-cima-abaixo na ilha de São Vicente, onde recuperou a respiração, a canção.
Começava a preparar o seu 2º disco “Morna mansa” quando conheceu John D’Brava, nesta que era uma das suas muitas ilhas. E foi num desvio, enquanto trocavam coisas de lá com coisas de cá, que compuseram “É bô”, sem sequer se darem conta disso. Não fora o acaso, feito arquivista, lembrar-se de um registo que regressou no bolso, de avião, talvez esta canção lhes tivesse escapado entre os dedos que tocavam aquelas cordas mornas: o John D’Brava na guitarra; a Madalena Palmeirim no cavaquinho; e as suas vozes num passo trocado, entre o crioulo e o português. Vinda da errância, do desvio, “É bô” avança agora como 1º single deste álbum, gravada ao vivo no estúdio Vale de Lobos pela Suse Ribeiro.
O concerto de estreia de “Morna mansa” está marcado para 18 de janeiro no Bleza Club em Lisboa. No dia seguinte, “Morna mansa” estará disponível em todas as plataformas digitais e à venda nos concertos numa edição de autor