Dois pianos, um universo… Concerto de Filipe Raposo e Uriel Herman no CCB

Dia 30 de março, pelas 21h00, o Centro Cultural de Belém acolhe um concerto único de Filipe Raposo e Uriel Herman. Dois nomes incontornáveis da música contemporânea portuguesa e israelita, respetivamente, os pianistas e compositores têm mais em comum do que a geração a que pertencem. Une-os uma formação musical eclética e uma sonoridade pianística singular, alicerçada por três influências maiores: a música clássica, o jazz e a música tradicional.

 

Depois de se apresentarem a solo ou em ensemble um pouco por todo o mundo, iniciam agora, em Lisboa, uma jornada a dois pianos que liga o Médio Oriente e a Europa Ocidental e na qual exploram a admiração mútua, a riqueza das suas influências culturais musicais e a paixão pela improvisação.

As composições originais que serão interpretadas em concerto, num diálogo íntimo entre os dois pianistas, resultam de uma residência artística em que os músicos exploram as possibilidades de sintonia na diversidade. A fechar o concerto, o coro ECCE, dirigido por Paulo Lourenço, interpreta obras ligadas ao cancioneiro Sefardita e à diáspora, conectando o passado e o presente cultural de Portugal e Israel.

 

Filipe Raposo é pianista, compositor e orquestrador. Tem colaborado com inúmeras orquestras europeias, apresentando-se a solo ou com diferentes formações em festivais internacionais. Como orquestrador, tem colaborado com alguns dos principais nomes da música portuguesa (Sérgio Godinho, José Mário Branco, Camané, Vitorino, Jorge Palma ou Rita Maria). Desde 2004 que colabora com a Cinemateca Portuguesa como pianista residente no acompanhamento de filmes mudos. Colabora regularmente como compositor em Cinema e Teatro, sendo autor, entre outros, da música original do documentário “Um corpo que dança – Ballet Gulbenkian 1965-2005”, de Marco Martins.

 

Uriel Herman é pianista de jazz e compositor e tem tocado pelo mundo inteiro nos principais festivais e casas de concertos, tanto a solo, como em quarteto. A sua sonoridade nasce de uma formação clássica em piano aliada ao domínio e mestria dos complexos ritmos e melodias do Médio Oriente. Em 2019, com a editora francesa Laborie Jazz, Uriel lançou Face to Face. O álbum inclui músicas originais e arranjos para músicas de David Bowie e Mordechai Zeira, tendo recebido aplausos no mundo inteiro. Em julho de 2023, será lançado o seu terceiro álbum a solo pela editora britânica Ubuntu Music.

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