“A corrida contínua do suprir de necessidades físicas cega-nos.
Num imenso mar de afazeres que é o quotidiano, carregamos a distância ao elevar do nosso ser. Deixamos para depois o que deveria ser prioridade e concebemos a um organismo, inventado, a mestria de ser alimentado para subsistirmos.
Numa sociedade cada vez mais veloz e expansiva, o zelo da observação deteriorou-se.
Carregamos marcas e status que nos potenciam. Esquecemos os cânones que nos guiam.
Trouxemos a transcendência para o plano material e esse finda rápido e sem aviso.
Num constante apelo ao mais vivemos num rodopio incessante, infrutífero e limitador. Somos escravos voluntários.
‘Esta é a era da confusão’ e ‘os sonhos estão guardados no rés-do-chão do desespero’.”
Diogo Divagações.
“Estado de Sítio” de Diogo Divagações já disponível em formato digital.