Dino D’Santiago apresenta novo EP… “Sotavento”

Passado um ano da edição do aclamado “Mundu Nôbu” e depois de no passado mês de Agosto ter disponibilizado digitalmente “Mundu Nôbu Remix EP”, Dino D’Santiago regressa com a edição de “Sotavento”, um EP que vêm solidificar o caminho singular e inventivo que decidiu trilhar com a sua música.

O R&B moderno que identificamos como sendo já a sua assinatura mantém-se aqui tão profundamente eclética quanto instantaneamente arrebatadora, qualidades que fizeram dele o artista mais galardoado na primeira edição dos Prémios Play (Abril 2019) e o colocaram também na lista dos performers no activo actualmente mais celebrados em Portugal.

 

Graças à sua visão ampla sobre as infinitas possibilidades existentes na actual música urbana made in Lisboa, amparada por uma produção concisa, Dino D’Santiago brinda-nos com texturas afro-pop que se misturam na perfeição com a sua proposta de Funaná futurista e Batuku eletrónico, envolvidos em arranjos vocais que tanto vão beber ao gospel como à soul da escola Motown.

 

As cinco canções reunidas neste EP são influenciadas por géneros tradicionais que nos chegam das ilhas do Sotavento cabo-verdiano. E ainda que Dino aponte o Batuku e o Funaná como duas das suas maiores influências, neste EP, o autor de ‘Nova Lisboa’ não hesitou em mergulhar no legado musical desenvolvido nas décadas de 80 e 90 pela geração Livity, a geração que electrificou a música do arquipélago da morabeza.

 

É deste eixo Cidade da Praia – Lisboa – Roterdão que nascem as belas melodias de “ILHÉUS (Nu Bai)”, o ritmo contagiante de “Brava (Carta Pa Tareza)”, o Batuku arrojado de “Santiago (Jorge & Andresa)”, o vertiginoso e híbrido “Fogo (Nu Fazi)” com a sua fusão de Pop/Techno e o energético e galvanizante “Maio (Kel Kê Di Nôs)”, que transforma o Funaná em afro-punk.

 

Dino D’Santiago convida-nos assim a imaginar com ele o futuro da música crioula que passará impreterivelmente por este “Sotavento”.

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