David Fonseca… “Radio Gemini” já está disponível

Chega hoje às lojas “Radio Gemini”, o novo disco de David Fonseca e o sétimo da sua discografia, isto num ano em que celebra 20 anos desde o lançamento de “Silence Becomes It”, a sua estreia com os Silence 4.

E uma vez mais, David Fonseca volta a surpreender-nos, desta feita com um conjunto de temas vibrante e refrescante. Os singles publicados até à data anunciavam isso mesmo – “Get Up”, um aceno à soul numa piscadela de olhos a Marvin; e o mais recente, “Oh My Heart”, um tema impregnado da melhor tradição pop, em que peles e metais criam a cama para uma interpretação contagiante de David Fonseca. E sobre este último, que dizer do clip filmado por David em pleno Japão…

 

E que disco é este “Radio Gemini”? Para além dos adjectivos que possamos encontrar para o classificar – de vibrante a surpreendente, de inesperado a sólido, de arriscado a dinâmico – este, e disso não temos dúvida, é o seu trabalho mais vertiginoso. Efectivamente, escutar “Radio Gemini” transporta-nos em “mach 3” no seu imaginário criativo, do solo à última das nuvens, numa liberdade artística pouco vulgar actualmente, sem fronteiras estilísticas, numa verdadeira afirmação de “eclectismo pop”.

Uma “espécie” de playlist que nos faz viajar pela criatividade de David Fonseca, ora de forma divertida, ora irónica, mas sempre, sempre, consistente – da new wave contemporânea de “I’m Good” ao hip hop distorcido de “Anyone Can Do It”; da electrónica dançável de “Tell Me Something I Don’t Know” ao ragga preguiçoso de “Lazy”; da colagem a Prince em “Slow Karma” ao tributo ao grandes intérpretes em “Find Myself Again”; do dramatismo de “My Love Is For Real” ao humor de “Men, Boys, Women, Girls”. Ou ainda que que dizer do “irresistível”  “Resist”, um dueto de David com uma das princesas indie emergentes do país vizinho, Alice Wonder. Ou ainda “Closer, Stronger”, a canção que antecede o “closing theme” de “Radio Gemini”, uma declaração de amor em que quase ouvimos nos coros os espíritos de Orbison ou Walker.

E o que faz este “Radio Gemini” verdadeiramente diferente na discografia de alguém que há uma dezena de anos publicou a bíblia pop “Dreams In Colour”? A maturidade! A experiência que lhe permite lançar um álbum em clara provocação ao “establishment do gosto” como se o círculo se fechasse e voltasse a uma espécie de adolescência criativa mas com todos os recursos que o caminho percorrido lhe proporciona.

 

 

Partilha