Cor, alegria e muito glamour em noite de desfiles das escolas de Samba de Ovar

Noite de sábado, 22 de fevereiro. A Avenida Sá Carneiro em Ovar seria transformada ao longo de 2 horas num verdadeiro Sambódromo. 4 escolas de Samba da cidade desfilaram na noite que deu a conhecer o seu enredo para a edição de 2020 do Carnaval de Ovar

Kan Kans, Juventude Vareira, Costa de Prata e Charanguinha foram as escolas a desfile .

Foram os Kan Kans os primeiros a pisar a avenida com o tema “A Era dos Deuses

A segunda escola a apresentar-se ao público na noite de sábado foi a Juventude Vareira que trouxe o tema “Sob um céu de lona, um chão repleto de estrelas

Costa Prata com “Ópera a céu aberto” foi a terceira escola a desfilar.

O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada no final do mês de junho, no Brasil, na cidade de Parintins, Amazónia. É no Bumbódromo (uma espécie de arena) que ocorrem as apresentações das duas agremiações folclóricas: O Boi Garantido (cor vermelha) e o Boi Caprichoso (cor azul).
Durante três dias os dois Bois-Bumbás, travando uma batalha artística, conduzem uma autêntica “Ópera a céu aberto” para o Mundo, demonstrando a sua fauna e flora, os seus desejos e anseios e as suas místicas e lendas para os olhos maravilhados de quem vê. É com esta Ópera que a Costa de Prata se apresentou no Carnaval de Ovar 2020, trazendo para a avenida temas regionais como lendas e rituais indígenas e o Homem ribeirinho do norte.

A fechar a noite, a Charanguinha revisitou um território para dar a conhecer o seu povo, as suas crenças e as suas lendas, aventura-se na tentativa de dar nova vida às histórias mais fantásticas da cultura, mitologia e espiritualidade havaiana.“Hawaiki” é um termo que remete para a origem do Hawai, do seu povo e da sua cultura e foi o escolhido também pelo facto deste ser uma referência à origem da própria Charanguinha.

Migrações de outrora por esse Pacífico afora fizeram nascer um novo povo, o povo do Hawai. Este povo que é o protagonista desta história é aqui feito mensageiro de uma ideia de equilíbrio e respeito para com o meio em que vivemos. Este povo é exemplo do convívio saudável do Homem com a Terra, uma postura promovida por toda a sua cultura e mitologia, pois para a crença do hawaiano, tudo o que nos rodeia é sagrado e uma dádiva divina. Todos os recursos são representados por um deus ou por uma figura mitológica, e o respeito pelo outro e pela Natureza é tornado principio através dos seus rituais e alimentado pela narrativa das suas lendas.

 

Fotografias / Reportagem: Magal Nunes

 

 

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