“Congênito” é o novo disco do luso-brasileiro Ricardo Bacelar

Nascido no Ceará, nordeste do Brasil, o músico, compositor, arranjador e produtor musical luso-brasileiro Ricardo Bacelar começou a estreitar ainda mais a sua relação com Portugal quando cá esteve em 2018, para apresentar ao público “Sebastiana” (terceiro disco solo), numa série de concertos.

Ao contrário dos outros discos já editados, este seu quinto álbum, batizado de “Congênito”, título de um clássico de Luiz Melodia, é um projeto de intérprete, no qual Ricardo está à frente dos vocais, num alinhamento escolhido à dedo: “Busquei montar um mosaico de ritmos e reunir temas que eu gosto e que têm entre si uma unidade. Não quis gravar composições minhas: me apropriei do discurso, das canções, e busquei trazer releituras”, define o músico.

 

Dentre os compositores escolhidos, sete são nordestinos, como Bacelar. Os parceiros Lenine e Lula Queiroga (“O último pôr do sol”); Caetano Veloso (“A tua presença morena“); Gilberto Gil (“Estrela”); Belchior (“Paralelas”); Djavan (“Lambada de serpente”) e Chico César, parceiro de Ivan Lins e Victor Martins em “Soberana Rosa”, ou “She walks this earth“

Canções de Chico Buarque (“Morena dos olhos d’água”), Adriana Calcanhotto (“Mentiras”), Jorge Mautner e Nelson Jacobina (“Maracatu Atômico”); Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro (“Estrela da terra”); a canção título de Luiz Melodia e o clássico samba-canção “É preciso perdoar” (Carlos Coqueijo/Alcyvando Luz), completam a seleção.

Além das plataformas de streaming, o álbum é lançado no formato físico (CD).

Não é a primeira vez que Bacelar assume sua faceta de cantor. Desde os tempos dos Hanói Hanói, grupo que se destacou na cena dos anos 1980 com temas que foram editados também por Caetano Veloso, Cazuza e Gilberto Gil, entre outros, e no qual entrou aos 18 anos, Ricardo já fazia vocais. “Aprendi muito nos 11 anos de estrada com os Hanói Hanói. Era muito intenso, porque o rock é uma linguagem visceral. Em paralelo à banda, fui para outros projetos, gravando e produzindo com vários artistas. Passei a compor para cinema, publicidade, teatro e televisão. Foi muito importante para o meu crescimento”, refere.

Partilha