Comédia negra traz discussão sobre a Europa ao Festival Periferias

A emigração para a Europa, o consumo desenfreado, o branqueamento de capitais e as mortes no mediterrâneo são alguns dos temas explorados na comédia negra “Lavandaria Europa”, da companhia ASTA Teatro, da Covilhã, que sobe ao palco da Casa de Teatro de Sintra, no dia 29 de fevereiro. Encenada por José C. Garcia, ator e fundador da Companhia Chapitô, a peça pretende acender a discussão sobre a passividade da população em relação a temas emergentes da sociedade.

 

Baseada em textos de Angélica Liddell, produtora, encenadora, atriz, escritora, poetisa e dramaturga espanhola, de David Mamet, dramaturgo, argumentista, realizador, poeta, ensaísta e romancista norte-americano, e os portugueses Miguel Real, escritor e ensaísta, e Gonçalo M. Tavares, poeta e romancista, entre outros, a criação brinca com as verdades atuais de um mundo em constante evolução com um toque de sarcasmo e ironia, levando o espetador a confrontar-se com situações reais que marcam a atualidade.

 

“O teatro é uma das melhores formas de falar sobre temas fraturantes e trazê-los à discussão do público. Como tal, o nosso objetivo com o Periferias, além de levar a cultura à população, é promover também um exercício de reflexão no espetador em relação ao que o rodeia. Além disso continuamos a cumprir o nosso objetivo trazendo a cultura que é feita na periferia a Sintra.” refere Nuno Correia Pinto, presidente da Direção do Chão de Oliva.

 

A companhia ASTA Teatro, da Covilhã, é apenas umas das companhias de norte a sul do país, que no âmbito da 9.ª edição do Periferias, festival de artes performativas, trazem a cultura a várias freguesias do Concelho de Sintra.

A iniciativa, que decorre no concelho de Sintra de 27 de fevereiro até 15 de março, pretende criar sinergias com o público, quebrando estigmas e aproximando a comunidade.

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