Coliseu evoca último concerto de Zeca Afonso com artistas contemporâneos

O Coliseu Porto Ageas une-se à Associação José Afonso para apresentar o concerto “Zeca Afonso: Maior que o pensamento”. Uma celebração única do último concerto da carreira de Zeca Afonso, que teve lugar nesta sala de espetáculos há 40 anos, ao mesmo tempo que assinala os 50 anos da Revolução dos Cravos, de que “Grândola, Vila Morena” se tornou símbolo ao ter sido uma das senhas que pôs em marcha o 25 de Abril de 1974.

Agendado para o próximo dia 29 de junho, o concerto traz ao Coliseu músicos que estiveram neste palco com José Afonso pela última vez, nomes a ele ligados e vozes conhecidas do grande público, que vão cantar algumas das músicas mais icónicas do autor de “Traz Outro Amigo Também”.

A primeira parte será assegurada por nomes históricos como Francisco Fanhais, Júlio Pereira, Janita Salomé, Rui Pato, Octávio Sérgio, Nuno Oliveira, João Afonso e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, para interpretar, entre outros, os temas do álbum “Cantigas do Maio”, lançado em 1971 e que ajudaria a mudar para sempre o caminho da música portuguesa.

A segunda parte vai reunir seis cantores de diferentes gerações e famílias musicais para cantar algumas das canções mais marcantes de José Afonso, e que vão mostrar em palco a sua ligação ao legado de Zeca, com novos arranjos e direção artística do músico Pedro Vidal. O primeiro nome revelado é Jorge Palma.

Pretendemos celebrar a vida e obra de Zeca Afonso, através de um espetáculo único com a presença de seis artistas de referência que irão render homenagem a quem deu tanto às suas e às nossas vidas, e à música portuguesa, cujos nomes vamos revelar nos próximos dias”, explica Miguel Guedes, Presidente do Coliseu. “É também com grande honra que reuniremos os músicos históricos que o acompanharam naquela noite memorável, trazendo-os todos a palco, recriando as suas memórias”, sublinha.

“Convidamos todos e todas para este momento histórico, numa sala de espetáculos que enaltece e mantém vivos os ideais de luta, liberdade e esperança que José Afonso imortalizou nas suas músicas.”

A 25 de maio de 1983, Zeca Afonso subiu pela última vez a um palco, no Coliseu da cidade do Porto, rodeado de muitos amigos. Os bilhetes esgotaram com meses de antecedência, tal era a vontade de homenagear um dos nomes fundamentais da música portuguesa e símbolo da resistência pela Democracia. As únicas imagens conhecidas publicamente são as do espetáculo do Coliseu dos Recreios, cinco meses antes. Mas o último concerto, realizado no Porto há 40 anos, continua a ecoar na memória de muitos.

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