Coliseu do Porto celebrou o amor

Ontem, dia 14 de fevereiro de 2024, Dia Dos Namorados, o Coliseu do Porto esgotou, para ouvir as canções intemporais de Rui Veloso.

Após uma breve primeira parte de stand up comedy, bem divertida, por sinal, uma vez que nos remetia para o Amor e as relações antes das novas tecnologias, surge o momento por que todos ansiavam. Rui Veloso e a banda que o acompanha entra em palco.

O público aplaude efusivamente, e eu não consigo deixar de verificar como as pessoas que esgotaram o Coliseu são tão diferentes. A faixa etária é tão díspar que mostra que há cantores, e músicas que não têm tempo.

Desde septuagenários a jovens a cantarem letras que não caem no esquecimento, como é o caso de “Já Não Há Canções De Amor”; “O Prometido É Devido”; “Um Trolha Da Areosa”; “Lado Lunar”, entre outras. Um concerto que celebrou o amor, a amizade, a cumplicidade, os laços familiares, os afetos de um modo geral.

Destaco os dois momentos partilhados com a Maro, no tema “Jura”, as duas vozes alternadas e o regresso de Rui Veloso ao piano e “Primeiro Beijo”, interpretado pela voz única de Maro, a solo.

No palco, Rui Veloso igual a si próprio, da forma a que nos habituou, sem artifícios, sem extravagâncias de indumentária, um homem simples que marcou, e continua a marcar gerações. Um concerto excecional, que me fez relembrar que “não se ama alguém que não ouve a mesma canção”.

Rui Veloso despediu-se do Porto com a promessa de um regresso em novembro.

O Dia dos Namorados, da amizade, dos afetos em geral, para aqueles que assistiram a este concerto, foi com toda a certeza muito bem celebrado.

Não posso terminar, sem destacar a presença da chamada terceira idade neste concerto. A música não tem idade e junta, une gerações com vivências distintas, mas gostos tão semelhantes.

Até novembro.

🖋 Ana Cristina

📸 Sérgio Pereira

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