A primeira apresentação pública das primeiras quatro obras publicadas acontece já no dia 23 de fevereiro, às 12:00, durante a 20.ª edição do Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim.
É com Autópsia [poesia reunida], de José Rui Teixeira, que a coleção elogio da sombra marca a sua entrada nas livrarias de todo o país. Neste livro estão reunidos dois ciclos de seis anos de trabalho do teólogo e poeta portuense: Diáspora e Antípoda, que são antecedidos por cinco inéditos de Eclipse (de 2018). Esta antologia conta ainda com textos do escritor Rui Nunes e da poeta espanhola Miriam Reyes.
O segundo dos quatro títulos é O real arrasa tudo, de Isabel de Sá. Poeta e artista plástica, representada extensivamente em antologias de poesia e de História da Língua Portuguesa, a obra desta autora rareava nas livrarias e é agora publicada num volume que colhe 15 anos de trabalho.
Alegria para o fim do mundo de Andreia C. Faria (vencedora, em 2018, do prémio SPA para melhor livro de poesia) é seguramente outro título incontornável, com a recolha de obras há muito esgotadas, cuidadamente revisitadas, e também com a inclusão de vários poemas inéditos.
O quarto livro da elogio da sombra é de Luís Costa. Amar o tempo das grandes maldições marca uma estreia madura, ponderada e de poemas “ao centro absoluto da existência”, como refere o coordenador da coleção.
Valter Hugo Mãe, sobre esta coleção, afirma: “A poesia é a auscultação mais completa do indivíduo e do mundo. Palavra que chega primeiro, esplendor expressivo, aventura e modo de estudo, a poesia é sentimento e pressentimento, perceção complexa que se coloca como experiência de plenitude e profundidade. O elogio da sombra é um lugar de encontro para quem não se basta com medianias e valida a vida a partir do seu amplo mistério, do quanto tem para revelar.”