“Catarina e a beleza de matar fascistas” estreia-se em Guimarães com lotação esgotada e uma nova data

Com o mundo e a estrutura de valores que conhecemos a mudarem a grande velocidade, este é talvez o momento certo para o teatro usar os seus artifícios e nos transportar para um tempo futuro que melhor nos fale do tempo presente. Foi este olhar alegórico, em contraponto a um olhar documental inicial, que Tiago Rodrigues tomou como nova premissa desta peça, uma vez que a pandemia e a crescente impotência das democracias face aos populismos vieram agudizar as questões nela em causa. Um tema que ecoa com “a ameaça da ascensão dos novos fascismos populistas na Europa”, que questiona “como lidar com essa realidade” e que aborda “o lugar do feminismo na sociedade”. 

 

Nas palavras do criador, “Catarina e a beleza de matar fascistas joga com o mundo ao contrário. Como se a violência enquanto gesto de resistência ou de combate político fosse uma coisa normal. Como um poema distópico, o espetáculo afasta-se da realidade para melhor nos aproximar dela, ensaiando uma negociação poética com a cultura popular tradicional, dos poemas à orquestração e figurinos. O teatro é assim uma forma coletiva de projeção no futuro que nos cabe construir”

 

Respondendo à vontade do público e com a lotação da apresentação de 19 de setembro (às 21h30) já esgotada, fica a partir de hoje disponível a oportunidade para garantir presença numa apresentação extraordinária a decorrer no dia 20 pelas 17h00.

 

photo: Pedro Macedo

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