Calcutá de regresso ao cosmos com “feux d’artifice”

É com algum e justificado “feux d’artifice” que Calcutá regressa aos lançamentos com o seu mais recente single. 

Uma peça tecida a dedo entre gravações de campo, voz e sintetizadores que distam em diferentes coordenadas do tempo – algures entre 2023 e 2024 – mas que confluem num tema harmonioso, conciso e que é também o prenúncio de um futuro do qual já temos saudades.

Com um novo disco no forno e sempre com o folk e a música exploratória nos condimentos, “feux d’artifice” marca o regresso da compositora e multi-instrumentista Teresa Castro ao seu moniker Calcutá, projecto a solo com o qual iniciou viagem em 2015, já depois de ter rodado a Europa com os “seus” Mighty Sands e pouco antes de fundar o quarteto drone-experimental Savage Ohms.

A sua nova composição, estreada ao vivo em abril de 2024 em homenagem a uma pintura homónima de Vieira da Silva e Árpád Szenes no âmbito do “Ciclo de Concertos para Quadros” em Lisboa, é uma manta de retalhos sonoros que explora temas relacionados com a criação do cosmos, a introspeção e o momento presente.

Esta janela efémera abre-se para um mundo onde cada som é uma parte de um todo, convidando-nos a prestar atenção não apenas às sensações, mas também às reverberações e aos padrões dinâmicos que se revelam na aparente quietude destes 6:33 minutos.

Apresenta-se na Sonoscopia (Porto) a 3 de Agosto na 9ª edição do festival NO NOISE numa oportunidade para vislumbrarmos este e outros temas de combustão lenta e imprecisa… como a realidade deveria ousar.

🖋 redação / press release

Partilha