Cais à Noite regressa a Ílhavo com Moullinex, Xinobi, Bateu Matou e Da Chick

Depois de um ano de interrupção, o Cais à Noite regressa ao Cais Criativo da Costa Nova, em Ílhavo, depois de uma edição especial fora do seu habitat natural, em 2020. Na sua quinta edição, o ciclo de concertos, organizado pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, volta a celebrar a música eletrónica, a sua capacidade de mobilizar e comover o público e a abrir a pista para saudar o regresso dos dias longos e das noites quentes.

 

São quatro sextas-feiras, entre maio e julho, que arrancam já com o concerto de Moullinex no dia 20 de maio. Seguem-se Xinobi, a 3 de junho, Bateu Matou (na foto) a 17 de junho e Da Chick a 1 de julho.

 

Moullinex, que abre o Cais à Noite deste ano, lançou “Requiem For Empathy”, disco que partindo do tema da empatia, o levou a organizar uma residência com neurocientistas, músicos e artistas visuais. Este trabalho parte desta busca e dessa declaração de interesse de Luís Clara Gomes olhando para o coração da pista de dança. Xinobi acaba de lançar uma editora, Discotexas, precisamente com Moullinex e Mr. Mitsuhirato, e um novo single, uma colaboração com Meta.

Já os Bateu Matou, banda formada por Ivo Costa (Batida, Sara Tavares), Quim Albergaria (Paus) e Riot (Buraka Som Sistema), lançaram “Chegou” em maio de 2021, tendo sido unanimemente considerado pela crítica como um dos melhores do ano, e lançam em 2022, o espetáculo “BAILOU”, sob o lema “Portugal precisa de dançar”.

Da Chick, compositora e produtora, acaba de lançar “New day”, aquela que diz ser a sua música mais honesta e íntima e que é, na verdade, uma canção empoderada e resolvida. Depois do verdadeiro manifesto de devoção à força do groove que foi o single “Funk You Want”, a artista declara que este é um novo dia e que a música é dela, portanto a escolha também.

 

A esta amostra pulsante da cena eletrónica nacional, juntam-se quatro nomes não menos pulsantes da cena local, impulsionados pela plataforma de apoio à criação da Milha. Os the Hornbros Beat Lab são João Sêco e João Samuel Silva, num projeto que pretende associar as ferramentas eletrónicas de produção musical aos instrumentos de sopro; Charles Lazer é a junção de Miguel Oliveira e Carlos Lázaro numa performance ao vivo, improvisada em “live-looping”; Shange é o projeto de IDM, glitch e techno de Gonçalo Lemos, que lançou recentemente “Nothing For There Beyond“; Lazer Mike é multi-instrumentalista autodidata, produtor, beatmaker e disco-jockey, deambulando entre vários registos musicais, desde rock a eletrónica, hip-hop a jazz, passando por tudo no meio disso.

 

Photo: Paulo Homem de Melo / arquivo Glam Magazine

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