Bia Ferreira, ativista e ícone LGBT brasileira, em concerto no B.Leza

A cantautora brasileira Bia Ferreira, deu ontem ao final da tarde, um concerto intenso no Castelo de Sines, integrado na programação deste ano do Festival de Músicas do Mundo.

Num Castelo de Sines esgotado e ao rubro, Bia Ferreira, mostrou a uma audiência constituída por muito público português e estrangeiro, as razões porque se tornou uma das vozes mais ativas da comunidade LGBTQIA + no Brasil mas também em outros países, inclusive Portugal.

 

A 10 de Setembro, o álbum “Igreja Lesbiteriana, Um Chamado” de Bia Ferreira personifica-se no palco do B.Leza em formato trio. A tour europeia da artista brasileira que dá voz à comunidade LGBTQIA+, contra o racismo e a xenofobia, passa ainda pelo Mou.Co, no Porto, e por Berlim.

Cantora, compositora, multi-instrumentista e ativista, Bia Ferreira é a voz da “MMP – Música de Mulher Preta“. Nascida em Minas Gerais, no Brasil, usa a sua música como forma de ativismo, onde temas como o feminismo, anti-racismo e LGBTfobia compõem as suas letras. Foi em 2009, aos 15 anos, que começou o seu percurso na música e se começou a interessar por assuntos como o feminismo negro e lésbico. Aventurou-se a tocar nas ruas e à boleia, desenvolvendo as suas aptidões a tocar guitarra.

 

Cota Não É Esmola” e “Não Precisa Ser Amélia” foram os primeiros singles da artista editados em 2011, tornando-se um dos seus maiores sucessos pelas temáticas ligadas ao sistema de cotas no SISU e à subalternidade das mulheres negras no Brasil. “Igreja Lesbiteriana, Um Chamado” é o primeiro álbum de Bia, lançado em setembro de 2019, onde se incluem os seus primeiros singles e ainda temas como “De Dentro do AP” e “Boto Fé”. Produzido por Vinícius Lezo, as letras do disco são escritas e cantadas sob conceitos de programação neurolinguística que, segundo a artista, ajudam o cérebro a melhor assimilar as mensagens na sua música.

Partilha