“Nova” é o terceiro álbum da banda lisboeta a ser lançado pela editora britânica Ghost Box. Como sempre, as músicas possuem uma ampla paleta instrumental com vocais etéreos de João Branco Kyron e da nova vocalista Martinez.
Desta vez, porém, há uma maior predominância da componente electrónica e as composições ricas e melódicas habituais adquirem uma sensibilidade mais exploratória e vanguardista. Aos sintetizadores e samplers de Kyron, juntam-se agora as “máquinas” de Bernard Loopkin, assinalando o regresso de um dos membros da formação original.
Juntos, embarcaram numa procura laboratorial de sons e texturas futuristas, combinados com samples de electrónica vintage, library music e bandas sonoras de filmes dos anos 60 e 70 os sons, evocando os universos de White Noise, Piero Umiliani, Mort Garson ou Broadcast.
Porém, “Nova”, não é pura música de máquinas; a fascinante bateria e percussão de António Watts sustenta as músicas e o baixo e as guitarras de Sergue e João Moreira entrelaçam-se e serpenteiam, garantindo que haja sempre uma sensação sinuosa e humana ao longo de todo o álbum.
Liricamente, as músicas exploram ambientes oníricos surrealistas, com textos herdeiros do situacionismo, do cut-up e dos alcances mais amplos da imaginação psicadélica. Isto reflecte-se no belo e cuidadosamente pesquisa do trabalho de design de Julian House para o álbum, que se inspira na imprensa underground situacionista da Europa dos anos 60
Em todos os seus álbuns anteriores os Beautify Junkyards sempre contaram com colaboradores. “Nova” não foge à regra e conta com alguns convidados muito especiais.
Paul Weller canta e toca guitarra na faixa “Sister Moon”. Dorothy Moscowitz (da banda seminal The United States of America) co-escreveu e canta “Turn the Tide” e Jesse Chandler (dos Pneumatic Tubes, Midlake e Mercury Rev) contribui com flauta em “Groundstar”
O álbum será lançado a 20 de setembro em todos os canais digitais, CD e LP.
🖋 redação / press release
📸 Lois Gray