Bateu Matou e Cachupa Psicadélica no Lisboa Mistura

A Associação Sons da Lusofonia regressa com nova edição do Lisboa Mistura. O mote desta edição são os projetos artísticos com o experimentalismo de vanguarda do qual a cidade precisa para a construção da cidadania. Este ano o destaque vai para a apresentação dos projectos comunitários desenvolvidos pela própria Associação, que se afirma como produtora de conteúdos artísticos e sociais.

 

O Lisboa Mistura (que não é um Festival) acontece no terceiro fim de semana de junho, nos dias 18 e 19, nos Jardins do Palácio Pimenta. Seguindo o espírito pelo qual se tem pautado e a linha programática habitual, apresentará dois dias repletos de música e eventos sócio-culturais, espalhados pelo recinto e por três palcos (Tílias, secundário e principal). Em ambos os dias, a abertura será às 16:00 e o final ocorrerá pelas 00:00.

 

O sábado irá começar, logo às 16:00, com uma conversa “Jornalismo de proximidade” que reúne meios de comunicação digitais de Lisboa. De seguida, às 17, no palco secundário, será a vez da jovem cantora ucraniana, Kateryna Avdysh, se apresentar ao público no primeiro evento dedicado ao tema dos refugiados . Pelas 18h, os jardins irão receber o sons disruptivos e convidativos de D’Improviso (orquestra de percussão e sopros). Às 19:00 é inaugurado o palco principal pelo grupo TARANUM do Afghanistan National Institute of Music (ANIM) – um conjunto de músicos que tocam instrumentos tradicionais afegãos. Este é um conjunto de referência do ANIM que tem tido atuações nacionais e internacionais nos últimos anos.

 

Pelas 21:00, o projecto JAZZOPA, que reúne o melhor jazz e o hip-hop lisboetas, numa linguagem desafiadora e socialmente consciente, irá abrir o “turno da noite”. Para finalizar, o palco principal receberá os BATEU MATOU no Mistura. Este super grupo, formado por Ivo Costa (Batida, Sara Tavares), Quim Albergaria (Paus) e Riot (Buraka Som Sistema), funde lições contemporâneas e das raízes, para colaborar com algumas das vozes mais inspiradoras em Portugal.

 

O segundo dia do Lisboa Mistura, começará, também, às 16:00; desta vez com um debate promovido pela Gerador sobre a ligação entre “Arte e cidadania“. Das 17:00 às 18:30, as sonoridades peculiares de Shaka Lion irão ressoar pelo recinto. Às 18:30, será a vez da OPA subir ao palco principal. O projeto artístico OPA – Oficina Portátil de Artes – é concebido pela Sons da Lusofonia. Com foco no Hip-Hop, traz jovens da periferia ao centro da cidade e tem sido apresentado desde 2010 no Festival Lisboa Mistura. Tem como objectivo potenciar novas formas de cruzamento entre a pedagogia e a criação artística através da música.

 

A noite final, terá como artistas principais a dupla dos conceituadíssimos  Tó Trips & Thomas Bellier, às 21:00, no palco principal em estreia mundial absoluta. O encerramento da noite e do Lisboa Mistura 2022, ficará a cargo de Cachupa Psicadélica (que convida Kriol e Scúru Fitchádu).

 

O Lisboa Mistura tem-se afirmado, desde 2006, como um espaço intercultural destinado ao conhecimento e à inscrição de novas linguagens e tendências. Por isso, tem-se tornado um reflexo do enriquecimento, partilha, celebração e saudável confronto que nasceram dos encontros urbanos que marcam a contemporaneidade criativa da cidade de Lisboa nos últimos anos.

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