Aveiroshima 2027 regressa com a 7ª Edição

Surgido de entre as cinzas de uma contracultura aveirense que apresentava todos os sintomas de envenenamento por radiação, o Aveiroshima 2027 surgiu em Setembro de 2016 para contrariar a teoria de que não era possível organizar em Aveiro um evento absolutamente independente, de forma convictamente DIY e com um orçamento ridiculamente limitado mas que apresentasse, ainda assim, uma programação singular, disruptiva e de qualidade (in)discutível.

Ao longo das suas 6 edições anteriores, o Aveiroshima foi-se afirmando enquanto um dos principais eventos alternativos de Aveiro, convidando à cidade uma abundância de artistas insólitos tais como os franceses Putan Club, o russo Guvibosch e os nacionais Estado de Sítio, Holocausto Canibal, Mada Treku, Baleia Baleia Baleia, Vive les Cones, Psicotronics, Dragão Inkomodo, Ohxalá, Mister Teaser, Fulano47 ou Señor Pelota, para citar alguns.

Originalmente nascido do esforço de João Peça (Má Ideia) e Manuel Molarinho (Zigur Artists), e realizado de forma relativamente periódica no espaço do GrETUA (Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Abeiro), o evento passou nesta 7ª edição a ser assinado por João Peça e Hugo Branco (VIC // Aveiro Arts House).  Definindo-se estilisticamente através da recusa em fixar-se a qualquer estilo, Aveiroshima 2027 atravessa campos como a música, os novos media, a performance e a arte sonora, combinando sem pudor abordagens sonoras tão diversas como o punk, a música experimental, o dub, o grindcore, o techno ou o hip-hop.

Nesta 7ª edição, o evento-manifesto dá um passo em frente, maior do que a própria perna, dirão alguns amigos preocupados, e aposta na programação mais ambiciosa até à data, com a já consagrada (Sonar, Primavera Sound, Neopop, Boom Festival…) actuação dos HHY & The Macumbas (na foto), o vibrante espectáculo multimédia do colectivo artístico Lucifer’s Ensemble, o ruidismo DIY do colombiano Jorge Barco (resgatado ao Museu de Arte Moderna de Medllín), a colaboração electrónica luso-russa Antippode e o DJ set de Dead Exploitation (aka Carlos Braz), radialista na RUC.

Dia 19 de Maio, em Aveiro, o evento radioactivo do mês patrocina mais um pontapé nos rins da inércia, mais uma facada nas costas do conformismo, mais um bom estalo de luva branca nas trombas do diz-que-disse.

 

Line-Up:

22.00h – 04.00h – Dead Exploitation – DJ set (Bar)

23.00h – Lucifer’s Ensemble – Concerto / Performance (Palco)

00.00h – Jorge Barco (Colômbia) – Performance Sonora (Bar)

01.00h – Hhy & The Macumbas – Concerto (Palco)

02.30h – Antippode (Rússia / Portugal) – Improvisação Techno (Palco)

 

photo: Isabel Correia

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