Apoteose artística de fim de ano no Theatro Circo…

Os dois últimos meses do ano espelham bem a importância do Theatro Circo no ano de 2018. A presença da mais bela sala de espetáculos do país na agenda cultural do país apresenta-se de uma forma cada vez mais intensa e destemida. Encerrar da melhor forma um ano, ansiosos por desvendar um ainda mais fulgurante.

O cantor australiano há duas décadas a viver em Nova Iorque, descobriu nos últimos anos uma espécie de segunda casa em Portugal, mercê da sua parceria  com Rodrigo Leão que além de um par de momentos isolados na discografia do compositor português rendeu ainda o album “Life is Long”, de 2016, e várias e importantes apresentações ao vivo. “Ode to Others” é o novo álbum com que Scott Matthew vem apresentar ao Theatro Circo dia 2 de Novembro, numa data que promete marcar uma das últimas melhores noites do ano.

 

Dias 16 e 17 de Novembro o Theatro Circo recebe mais uma edição do Festival para Gente Sentada, com a presença em palco de Marlon Williams, Alice Phoebe Lou, Nils Frahm e Núria Graham.

Marlon Williams, músico neozelandês tem presença marcada no primeiro dia do Festival para Gente Sentada em Braga com atuação dia 16 de novembro. Com apenas dois álbuns, Marlon Williams é considerado uma das vozes mais extraordinárias e distintas da sua geração. O músico chega a Portugal com o seu mais recente disco “Make Way For Love”, 11 canções que narram a história de um recém desamor. Williams explora novos terrenos musicais nas suas sonoridades country, soul, folk e pop e revela-se uma estrela em ascensão.

A feroz e independente abordagem de Alice Phoebe Lou à música transparece na sua criativa e cativante voz. A jovem sul-africana atraiu a atenção de amantes de música em todo o mundo graças às narrativas honestas e às cruas sonoridades musicais que desenvolveu pelas ruas de Berlim. Depois de uma tour pela Europa e África de Sul, a cantora e compositora atua no dia 16 de novembro, acompanhada do seu novo disco “Orbit”. Uma atuação onde sonoridades de soul, blues e jazz se misturam com suaves harmonias vocais.

O segundo dia do Festival Para Gente Sentada apresenta um dos criadores contemporâneos mais vibrantes da atualidade, Nils Frahm. O músico descobriu o interesse pela música, ainda em criança, quando decidiu mergulhar entre os clássicos musicais de gerações passadas e as novas sonoridades de compositores contemporâneos. Compositor, produtor e intérprete distingue-se graças a abordagem pouco convencional de um instrumento milenar, o piano. Os seus vastos espetáculos são compostos por misturas contemplativas e íntimas, numa escala hipnotizante. Depois de aclamados álbuns, distinções, colaborações cinematográficas e musicais com artistas como Ólafur Arnalds e Woodkid, Nils Frahm está de regresso aos palcos com o mais recente disco “All Melody”.

Para terminar o segundo dia de festival, com apenas 16 anos, Núria Graham começou a compor e a apresentar as suas próprias músicas. O seu primeiro disco, “Bird Eyes” (2015), é um jogo de voz e guitarra em fundos quer eletrónicos quer acústicos. Com influências de artistas tão diversos como St. Vincent, Pj Harvey, James Blake ou Chet Baker, Núria Graham é considerada uma das vozes mais promissoras da sua geração em Espanha. Com o EP “In the Cave” a cantora demonstra um trabalho sólido, repleto de letras sensuais e um tom assumidamente mais pop.

 

Aos 30 anos, Tigran Hamasyan (na foto) é um dos mais notáveis e distintos pianistas de jazz/rock da sua geração. A carreira de Tigran inclui um número impressionante de elogios, incluindo o melhor prémio de piano no Festival de Jazz de Montreux de 2013 e o grande prémio no prestigiado concurso de piano de Jazz Thelonious Monk de 2006. Em Braga, o pianista/compositor que se distingue pela fusão de um poderoso jazz improvisado com o rico folclore da sua Arménia natal, vai apresentar “An Ancient Observer”, um álbum comovente focado na arte da observação, no próximo dia 24 de Novembro.

Os FERE Compuseram e musicaram ao vivo, no Teatro Nacional São João, a peça “Nunca Mates o Mandarim”, adaptada do livro “Mandarim” de Eça de Queiroz. Focando-se no lado negro dos mares, em 2018 apresentam “Montedor” dia 21 de Dezembro, álbum de estreia inspirado em bandas como Russian Circles ou Isis, que sustenta e ostenta uma intrigante, melancólica e angustiante ambiência sonora que se agiganta de um soturno, denso, hipnótico e contemplativo post-rock.

30 anos depois, Mafalda Veiga mantém um público fiel e uma dedicação total à escrita de canções e à composição musical. Os seus concertos são “noites pra comemorar” e, no Theatro Circo, não será excepção no dia 28 de Dezembro. Ao lado de João Gil, João Pinheiro, David Santos, António Vasconcelos Dias e José Guilherme Vasconcelos Dias, Mafalda Veiga levará para palco as canções mais importantes da sua vida, bem como as mais marcantes para o público que a acompanha desde sempre. Mafalda Veiga em “cada lugar seu”.

 

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