Os nossos antepassados integram-nos desde a nascença e vão crescendo dentro de nós à medida que vamos percorrendo este caminho que é a vida. A eles devemos quase toda a essência que nos compõe e a homenagem a um tempo em que se lutava para sobreviver. Um tempo em que a dependência e a união com natureza eram o mais importante e essencial para poder lidar com as contraposições entre o medo e a esperança, o trabalho árduo e a empatia.
“Ancestors” junta cada partícula que compõe os bosques reflectindo sons da natureza que nos levam a dançar em perfeita comunhão, elevando-nos suavemente pelo ar para voarmos ao lado das águias.
Instrumentalmente, “Ancestors” é uma ode densa e hipnotizante cuja descoberta se faz por um caminho sensorial com vários estágios de harmonia, melodias e intensidade. As cordas abraçam os barulhos do bosque e a voz comanda o ritual. A bateria, por sua vez, consegue fazer-nos abraçar os tambores dos xamãs e com eles seguir viagem.
No bosque, encontramos um caleidoscópio em tons quentes que nos remete a travessias mentais cobertas de desconforto e prazer. Depois de longos minutos de um ritual mágico, acordamos ao lado da serpente que nos guiou até à fogueira onde os índios invocam os seus antepassados.
“Ancestors”, sai esta quinta feira, 25 de Novembro, com o selo da Raging Planet e será apresentado no dia 4 de Dezembro na DRAC, na Figueira da Foz e dia 7 no Side B, em Alenquer, e em mais locais a anunciar em breve.