Ana Moura, Carolina Deslandes e Tainá partilharam viagens com os Sete Lágrimas

Vivemos dias estranhos… o que é verdade hoje pode não ser amanhã… Nestes dias, a arte tem um potencial luminoso, é uma luz ao fundo do túnel para um regresso a uma  normalidade que é nova mas, também, segura e a abrir caminho para muitas (novas) viagens.

 

Os Sete Lágrimas passaram este domingo ao final da tarde pelo CCB em Lisboa, partilhando junto de todos que anseiam o regresso a este novo normal, um concerto já por si especial e com convidadas muito especiais.

Ana Moura, Carolina Deslandes e a brasileira Tainá juntam-se assim em palco aos Sete Lágrimas e trouxeram na bagagem as suas próprias viagens.

Os Sete Lágrimas é um projeto que se tem afirmado musicalmente a nível nacional e internacional, como um dos mais relevantes consorts de Música Antiga, recorrendo frequentemente a crossovers, diálogos e encontros com a arte dos nossos tempos, como foi a viagem do final de tarde de domingo.

Alinhamento da viagem musical:

– Parto triste saludoso, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre vilancico anón. (s. XVI)

– Tururu farara con son, Gaspar Fernandes (?1565-1629)

– Rosinha dos Limões, Artur Ribeiro (1924-1982) – c/Ana Moura

– Oiga el que ignora, Filipe da Madre de Deus (1626-?)

– Menina você que tem, Lundun (s. XVIII/XIX) – c/Carolina Deslandes

– Flor amorosa, Joaquim António da Silva Calado (1848-1880)

– É tarde ela dorme, Anón. (Brasil) – c/Tainá

– Bien podera my desventura, Filipe Faria (n.1976) e Sérgio Peixoto (n.1974) s/ texto de vilancico anónimo (s. XVI)

– Prince Rupert’s March, John Playford (1623-1686/7) in “The English Dancing Master” (1651), adapt. Filipe Faria/Sérgio Peixoto

– No soy yo quien veis vivir, Vilancico Anón. (s. XVI/XVII)

– Quantas sabedes amar amigo, Martim Codax (s. XIII)

– Sonhos – c/Tainá

– Mosé salió de Misraim, Romance Sefarad (Marrocos)

– A vida toda – c/Carolina Deslandes

– Folias, Gaspar Sanz (1640-1710)

– Desfado – c/Ana Moura

– Eno sagrado en Vigo, Martim Codax

 

Encore:

– Canção do amor demais, António Jobim, 1927-1994/Vinicius de Moraes, 1913-1980 – c/3 Convidadas

 

Fotografias / Reportagem: Arlindo Homem

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