Ana Margarida Prado estreia-se em nome próprio

Com “Dois Altares“, Ana Margarida Prado emerge como a promessa mais segura e fulgurante no mundo do Fado em 2024.

Este é o single que abre a porta para a estreia em nome próprio e em que podemos, desde logo, comprovar a sua verdade natural, empatia interpretativa e singular talento.

Movida pelo desejo de cantar poemas originais e cruzar a linguagem da tradição com a vida e musicalidade dos dias de hoje, Ana Margarida Prado convidou João Monge para escrever todas as letras do disco, contando este com fados tradicionais e temas inéditos de Agir, Luísa Sobral, Marco Oliveira, Mário Laginha, Pedro Castro e Vitorino.

Dois Altares”, com letra de Monge e música de Agir, é uma interrogação tocante e madura perante a ausência e a incerteza do amor, em busca de um só destino, de um só altar. E a celebração do mais paciente e esperançoso dos rituais: esperar por uma resposta aos sinais, de janela aberta, à mesa (posta) da sala.

Numa toada embalada e intimista, repleta de sensíveis pausas e silêncios, os límpidos lugares graves da voz de Ana Margarida Prado e a respiração leve da guitarra dedilhada de Bernardo Saldanha fundem-se harmoniosamente para um dos enlaces mais marcantes do álbum – para “matar” a saudade, essa sede que não passa, e a fome imensa de abrir o coração que Ana Margarida Prado sempre persegue.

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