Alkantara Festival com três novas estreias absolutas até 30 de Novembro

O Alkantara Festival completa a edição de 2020 no dia 30 de novembro e até a próxima segunda-feira apresenta em estreia absoluta três novos espetáculos e projetos artísticos no São Luiz Teatro Municipal e no Centro Cultural de Belém.

 

A performance Fóssil de Rita Natálio no âmbito da rede Terra Batida, The Anger! The Fury! da coreógrafa e escritora Sónia Baptista e Glottis, da coreógrafa Flora Détraz, completam o programa de 19 espetáculos, entre estes 10 em estreia absoluta, do Alkantara Festival.

 

Até ao dia 30 de novembro é ainda possível acompanhar no Teatro Nacional Dona Maria II as apresentações de Grinding the wind, conferência-performance poética que investiga a história do bisavô da artista Dina Mimi, um homem palestiniano que foi sujeito a testes médicos num hospital militar israelita; e a estreia nacional de L’Homme rare, espetáculo que assinala a primeira apresentação em Portugal de Nadia Buegré, coreógrafa da Costa do Marfim, que nesta peça explora movimentos considerados femininos para confundir as nossas perceções de género.

 

O Festival Internacional de Artes Performativas iniciou-se a 13 de novembro e tem em curso um programa de teatro, dança e performance com apresentações ao vivo em cinco salas de espetáculos da cidade de Lisboa, e conversas e debates realizados online. O Alkantara Festival apresenta também online, no canal da rede youtube, uma série de entrevistas com artistas e coletivos participantes, conduzidas pela artista e investigadora Raquel Lima.

 

Em 2020, o festival que desde 2006 reúne em Lisboa dezenas de artistas de várias proveniências disciplinares e culturais, apresentou uma nova direção artística e inaugurou um ciclo anual com projetos e atividades que serão desenvolvidas entre edições do evento. Contribuir para “comunidades artísticas robustas” e para “criar futuros mais justos, mais representativos da diversidade de corpos e subjetividades”, são os objetivos expressos para o programa do Alkantara pela direção artística, formada por Carla Nobre Sousa e David Cabecinha.

 

Carla Nobre Sousa sublinha: “o programa que começámos a desenvolver há dois anos não é o mesmo que apresentamos agora. Mas, mantemos o nosso foco nos temas que queremos investigar e discutir com o público, através de atividades como residências artísticas, apresentações e ações de formação que serão realizadas ao longo do ano, maioritariamente no Espaço Alkantara”.

 

A organização do projeto adaptou o programa do festival ao contexto de pandemia, procurando salvaguardar a segurança das equipas e espectadores, e o formato ao vivo. “As lotações das salas foram reduzidas, os horários e dias de apresentação dos espetáculos alterados e infelizmente os projetos de Faustin Linyekula e de Dana Michel acabaram por não poder ser apresentados nesta edição. Porém, sentimos que o público acolheu calorosamente as alterações e esgotou a maioria das sessões, inclusive as realizadas às 11h da manhã, um horário completamente novo para este tipo de projetos“, destaca David Cabecinha.

 

Photo: Joana Lindo

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