A simpatia triste de Bia Maria nos Percursos Sonoros

Saltou do anonimato em 2019 quando falou do “José”. Bia Maria é a personificação musical da simpatia convertida em tristeza. Uma tristeza alegre espelhada nas canções que vai apresentando em palco a um ritmo muito próprio, sem pressas, e com muitas histórias para contar.
E é isso mesmo… as canções de Bia são histórias, muitas delas contadas na primeira pessoa com um prefácio que se estende para além da música apresentada.

Beatriz de nome, Bia para os amigos e Maria de voz, e que voz… espalha sinceridade e conquista um público de se deixa envolver pela magia dos temas do disco de estreia “Mal me queres, bem te quero” e não só.
São canções singelas e sinceras com cores e texturas que pintam essas histórias, condensadas numa sonoridade que tanto tem de terra-a-terra como de sonhadora, mas triste. Mesmo nos temas mais alegres, Bia dá sempre a conhecer a parte mais triste da história cantada.
Pelo meio e entre paixões no metro e desalentos, ficamos a conhecer a receita de brócolos com queijo, quiçá ilustrada pelos brincos com que a jovem artista se apresentou em palco.

Foi um arranque sincero mas sobretudo singelo de uma nova edição dos Percursos Sonoros, que à última da hora tiveram que recorrer a um espaço mais normal mas longe do standard do Festival.

 

Reportagem / Fotografias: Paulo Homem de Melo

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