A Seiva Trupe não pode morrer…

No passado Domingo dezenas de pessoas, reuniram-se  no Jardim do Marquês, no Porto, para apoiar a Seiva Trupe.  A Icónica companhia de teatro portuense, apesar de ter obtido a pontuação necessária, segundo as normas da DGArtes, não foi incluída pelo júri ad hoc na lista de entidades apoiadas pela Direção Geral das Artes para os próximos quatro anos.

Júlio Cardoso, um dos fundadores da companhia, falou num discurso emocionado, que “provavelmente o júri ad hoc, nunca soube o que é produzir um espetáculo”

Sobre essa mania de eleger júris ad hoc, tem muito que se diga.  É completamente imbecil essa ideia de reunir algumas pessoas e elas terem poder de decisão nos mais variados assuntos, sobre algo que provavelmente desconhecem ou não dominam. Principalmente na área da cultura, que sempre foi o filho pobre dos Orçamentos de Estado.

Qual será a experiência dos membros do Júri, na área teatral, na sua produção, nos impactos positivos e negativos perante a sociedade, na divulgação cultural, na educação, no reconhecimento internacional das artes, etc?

Por causa disso, a Seiva Trupe corre o risco de suspender a sua atividade no dia 1 de Janeiro de 2023. Um Companhia as vésperas de fazer 50 anos e que tem organizado, promovido e participado em várias efemérides culturais, tais como: cursos de teatro, recitais, colóquios, mesas-redondas, conferências, concursos de textos de teatro, estreitou laços de amizade com várias coletividades e grupos de teatro.

Não podemos deixar a Seiva Trupe acabar, bem como vários outros grupos e associações que promovem e divulgam a cultura do Pais.  Esta na hora de levantarmos a voz contra os baixos valores dos Orçamentos de Estado para a Cultura e contra a má gestão dos organismos tutelares.

Reportagem / Fotografias: Sérgio Pereira

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