7ª edição do Westway LAB vive entre Guimarães e o mundo com música a correr nas veias

A 7ª edição do Westway LAB arranca esta quarta-feira, 14 de outubro, no LAB Lounge,em formato conversa apenas com artistas e representantes dos espaços que habitualmente acolhem os City Showcases e Talks deste evento, prosseguindo nos 3 dias seguintes, já com público, sob a forma de concertos ao vivo e conferências, keynotes e (mais) concertos transmitidos online.

Esta nova configuração híbrida que conjuga a experiência presencial com a transmissão digital, em quatro dias que promovem a demonstração do talento – encorpado com nomes como The Legendary Tigerman, Mão Morta Redux, Tó Trips, Valter Lobo, The Lemon Lovers, Miramar, Evols, Seiva, IAN, entre muitos outros artistas com raízes nacionais e internacionais – e a partilha do conhecimento – na voz de protagonistas como Rob Challice e Roberta Medina, entre muitos profissionais da indústria da música – trilha novos caminhos, entre o espaço territorial e virtual.

 

O programa de concertos presenciais da edição de 2020 tem uma configuração distinta do habitual – com nove concertos protagonizados por artistas nacionais – e terá lugar, todo ele, no Grande Auditório do CCVF, sempre a partir das 21h30, com lugares marcados. Como programa complementar online, o festival apresentará mais treze concertos de projetos portugueses e internacionais transmitidos via streaming, com difusão através de uma plataforma digital criada para o efeito pela AMAEI (Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes) e também nas redes sociais. As conferências PRO desta 7ª edição serão igualmente difundidas exclusivamente através da mesma plataforma digital.

 

Na primeira noite de atuações (15 outubro), de entrada gratuita e com transmissão em direto nas redes sociais do evento, o festival integra concertos ao vivo de Seiva – uma das mais originais e internacionais bandas do panorama folk em Portugal, utilizando apenas instrumentos tradicionais e misturando-os com os seus temas originais, com eletrónica e eletricidade –, Valter Lobo – cantautor que se deu a conhecer com um Inverno EP, em 2012, que rapidamente o levou para palcos como o CCB e a Casa da Música, e que traz ao Westway LAB alguns temas inéditos a incluir no próximo disco previsto para 2020, para além de músicas dos seus álbuns anteriores – e IAN – violinista russa, nascida e criada em Moscovo que chegou a Portugal com 15 anos, sozinha com o seu violino, que a acompanha desde os 4 anos de idade. Sendo atualmente o primeiro violino na Orquestra da Casa da Música do Porto, o projeto IAN surgiu de forma natural no seu percurso e carateriza-se pela fusão de elementos pop, trip-hop e eletrónica com uma forte presença de instrumentos clássicos como piano acústico e violino, frutos da experiência clássica de Ianina Khmelik.

 

A noite sexta-feira, dia 16, começa com o filme-concerto A Casa da Praça Trubnaia, do cineasta soviético Boris Barnet, composto e musicado ao vivo por Adolfo Luxúria Canibal, António Rafael e Miguel Pedro, que se apresentam enquanto Mão Morta Redux, um formato reduzido que marca um regresso ao período em que o grupo era constituído por apenas três elementos. Este será o primeiro de dois filmes-concerto numa edição do Westway LAB que propõe um foco sobre a dimensão audiovisual, como uma forte experiência imersiva a ser vivida nos dias do festival. A ronda de atuações prossegue com The Lemon Lovers – nascidos em 2012 no Porto num ambiente de blues e rock n’roll, depois de se lançarem à estrada para conquistarem Portugal e a Europa regressam à edição fonográfica e trazem ao Westway LAB o terceiro disco homónimo – e Miramar, projeto que junta duas figuras de proa da música portuguesa: Frankie Chavez e Peixe, que, embora provenientes de diferentes latitudes e experiências distintas, ambos estão unidos pelo seu trabalho com a guitarra, instrumento na companhia do qual nos levarão a sítios onde nunca fomos e eles também não.

 

Para a tarde de sábado (17 outubro), e na impossibilidade de se realizarem os concertos em vários pontos da cidade (City Showcases), foi lançado o convite a alguns artistas para participar numa emissão online ininterrupta, a acompanhar nas redes sociais. Esta transmissão começará às 15h00 e prolonga-se até ao final da tarde para vermos e ouvirmos as atuações de Julian Zyklus, Hickeys, Aka Neomi, Misia Furtak, Lily Arbor, Carnival Youth, Jack Found, Samuel Coelho, Aníbal Zola, Zé Menos, Marinho, André Júlio Turquesa e Yosune, alguns deles resultantes da integração do Westway LAB no ETEP (European Talent Exchange Programme) e INES (Innovation Network of European Showcases).

 

A última noite do festival (17 outubro) abre com outro filme-concerto com a música original de Tó Trips em Surdina – tragicomédia minhota realizada por Rodrigo Areias. Uma história sobre a delicadeza de se ser velho, do que resta ainda para sonhar e para amar. Totalmente rodado em Guimarães, o filme foi escrito por Valter Hugo Mãe, aproveitando a feliz coincidência de o escritor e o realizador serem ambos de origem vimaranense. De seguida, testemunha-se o regresso ao CCVF dos Evols para apresentar no Westway LAB o terceiro disco da banda, formada em 2008 com influência de toda a música psicadélica que se reinventa há quase 60 anos.

A maratona de concertos desta edição termina ao som de The Legendary Tigerman – reconhecido pelo nome próprio de Paulo Furtado, artista que os últimos 20 anos vestiu muitas peles e galgou terreno nos 7 continentes –, projeto que se fez de muitas formações, muitos formatos para entregar o rock n’ roll como só ele sabe, em doses desmedidas de turbulência e agitação, regressando agora ao palco novamente sozinho, acompanhado apenas da sua guitarra, um kit de bateria e um kazoo, prometendo uma aparição muito especial no Westway LAB.

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