23º MEO Sudoeste com novas confirmações… Jimmy P e Carolina Deslandes

Jimmy P nasceu na década de 80. Filho de pais angolanos (o pai, Jorge Plácido, foi uma estrela do futebol) tem África a correr-lhe nas veias, algo que se nota na música que faz. A passagem do pai por diferentes clubes fez com que Jimmy bebesse de diferentes culturas e, consequentemente, também de diferentes géneros musicais. Viveram alguns anos em França, onde a influência do rap foi marcante, mesmo decisiva para o resto da sua vida. Começa a assinar Supremo G e surgem as primeiras letras sobre as suas próprias experiências e ideias. Em 2005 lança “Ombuto – A Semente” com Crewcial. A partir dessa altura o hip hop e um percurso na música começaram a parecer uma inevitabilidade para Jimmy P. Nos anos seguintes editou singles, mixtapes, participou na coletânea “Rascunho”, produzida por Conductor dos Buraka Som Sistema, e colaborou com nomes tão importantes como Valete, Dengaz ou Bezegol.

Mas o primeiro disco, longa duração, só chegaria em 2013. “#1” surpreendeu o público e fez com que Jimmy P corresse o país de norte a sul. “FAMILY F1RST”, o segundo disco chegou dois anos depois, e o terceiro, “Essência”, veio logo a seguir também, em 2016. Com este ritmo frenético, o músico cumpriu a promessa de editar três discos em apenas três anos e afirmou-se como um dos grandes nomes do hip hop nacional. Neste som também há rock, reggae, r&b, entre outras sonoridades, revelando um dos artistas mais camaleónicos da música portuguesa. E, entretanto, mais uma mixtape viu a luz do dia. “Alcateia” saiu em 2018 e conta com as participações de Loreta, Phoenix, Wet Bed Gang ou Agir. “ABENSONHADO”, o quarto disco, também está quase aí e já há pelo menos dois grandes singles para ouvir. “Ano Novo” e “Contigo”, precisamente com Carolina Deslandes. Jimmy P atua dia 8 no Palco MEO do MEO Sudoeste.

 

Carolina Deslandes é um dos nomes que prova a vitalidade da música pop feita em Portugal. O fascínio pelos palcos começou bem cedo para a jovem. A meio de um concerto dos Xutos & Pontapés, vira-se para o pai e atira: “um dia quero estar ali em cima”. A intuição estava certa e não demorou muito até isso acontecer, de facto. Em 2010, com apenas 19 anos, Carolina participou no programa Ídolos e terminou num dos lugares cimeiros. Percebeu-se que as portas da música estavam abertas para si, mas não podia desprezar a formação: acabou o curso de Línguas e Literaturas e depois estudou Vocals na London Music School durantes seis meses. Em 2012 editou o primeiro disco, um registo homónimo que já mostrava a sua voz doce e carregada de alma. E o país rendeu-se a temas como “Não é Verdade”. O segundo disco chegaria quatro anos depois, em 2016. “Blossom” traz um som bem diferente, com elementos eletrónicos, influências de cantoras como Rihanna e letras ainda mais autobiográficas. Singles como “Heaven”, “Corousel” ou “Mountains” (com Agir) fizeram com que Carolina passasse a ser um dos grandes nomes da nova música portuguesa. Mas o melhor ainda estava para vir. Em 2017 editou o tema “A Vida Toda”, a banda sonora do seu amor com o músico Diogo Clemente. A canção derreteu o país e, segundo a própria Carolina, “acabou por ser a banda sonora de muitas mais histórias”. Em 2018 lançou o terceiro disco, “Casa”, ainda mais pessoal. Ao mesmo tempo, chegado ao coração do público, este disco conta com o já referido “A Vida Toda” e também “Avião de Papel”, outro sucesso, que tem a participação de Rui Veloso. Como já se percebeu a “Casa” de Carolina é uma casa aberta para os fãs e que se vai abrir mais um pouco, dia 10, no Palco MEO do MEO Sudoeste.

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