2020 na Culturgest… ecologia e outros destaques da programação

Em 2020, um dos focos da programação da Culturgest é a Ecologia, desde conferências, à dança até às artes visuais.

Janeiro abre com o projeto Anthropocene Campus Lisboa: Parallax e as conferências de Scott Knowles e Dipesh Chakrabarty que se insere no Lisboa Capital Verde Europeia 2020; ainda em janeiro, há Tempestade Mental, uma assembleia de jovens sem a presença de adultos que irá falar sobre Terra: que Futuro?; em março, regressa, Vera Mantero com O Limpo e o Sujo; em maio, a primeira exposição antológica de Gabriela Albergaria, cujo percurso tem sido pautado por uma detalhada investigação sobre a nossa relação com a natureza.

 

Ainda no primeiro semestre do ano, a dança ocupa o seu espaço… em janeiro, a estreia de Onironauta, de Tânia Carvalho; em fevereiro, 10 000 Gestos, do coreógrafo francês Boris Charmatz; em maio, A Love Supreme, com coreografia de Salva Sanchis + Anne Teresa De Keersmaeker a partir da música de John Coltrane chega em março; e a estreia nacional do novo espetáculo Mal – Embriaguez Divina, de Marlene Monteiro Freitas, no mês de junho.

 

Nas artes performativas, de 15 a 18 de janeiro, a peça de teatro Virgens Suicidas (na foto) marca o regresso de John Romão à encenação e inspira-se na novela Mine-Haha, or On the Bodily Education of Young Girls, de Frank Wedekind. Com textos de Mickael de Oliveira e música de Caterina Barbieri, o espetáculo é interpretado por Luísa Cruz, Vera Mantero, Mariana Tengner Barros e um grupo de jovens ginastas.

As personagens habitam um espaço confinado ao feminino, onde se observa uma vida rotineira e rígida: dedicam-se à educação física, ao teatro, à dança, à anatomia, num ambiente pautado pela disciplina e pela competitividade. Há algo de inquietante entre as paredes deste lugar: para além das raparigas sofrerem de isolamento absoluto, afastadas do resto do mundo, a sua submissão a uma disciplina física severa desperta em cada uma delas um estado de exceção a desejos violentos de aniquilação.

Depois da Culturgest, Virgens Suicidas é apresentado, no Campo Alegre – Teatro Municipal do Porto, nos dias 24 e 25 de Janeiro

 

Destaque ainda para o concerto de estreia do disco de Maria Reis, Chove na Sala, Água nos Olhos. Em palco, uma banda que mostra a genica pop da canções de Maria Reis e um ensemble clássico revela como este pode (re)criar tudo de novo para ela e para nós.

 

Photo: Bruno Simão

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