Veteranos, consagrados e estreantes no Sol da Caparica

Veteranos, consagrados e estreantes, todos cabem no Sol da Caparica, com concertos de: Peste & Sida, Jorge Palma, GNR e UHF. Jorge Palma começou ainda nos anos 70, depois da revolução, a cruzar as lições dos mestres da música de intervenção com os sons elétricos do seu tempo.
Os UHF e GNR integraram a leva do arranque dos anos 80 que ficou conhecida como Boom do Rock Português, momento que inspirou os Peste & Sida, grupo que haveria de marcar o final dos anos 80 e o arranque dos anos 90 com a sua versão enérgica e bem-disposta do punk.
Todos juntos, Palma e os GNR, UHF e os Peste, ofereceram à nossa memória coletiva algumas das mais incríveis canções que já todos tivemos o prazer de cantar a plenos pulmões. Vai ser assim, de novo, n’ O Sol da Caparica, entre os próximos dias 16, 17 e 18 de agosto.

Estrearam-se em álbum em 1987 com “Veneno” e nos anos seguintes revelaram-se imparáveis com uma série de registos que são hoje vistos como clássicos do nosso punk rock: “Portem-se Bem, Peste & Sida É Que é ou Eles Andam Aí”, afirmando-se como nome incontornável do nosso panorama elétrico.
Logo em 1989 ofereceram à nossa história o clássico “Sol da Caparica“, hino ao Verão, à amizade, à diversão e à boa disposição que se tornou um clássico gigante, sempre obrigatório em concertos. E, claro, uma inspiração para o nome do nosso festival.
Ao vivo na Caparica no dia 16 de agosto, os Peste & Sida vão assinar um momento histórico, convidando para o palco praticamente todos os músicos que fizeram a sua longa história de mais de três décadas para, todos juntos, cantarem as canções que se foram instalando na memória de todos, de “Furo na cabeça” a “Reggaecida“, “Está na Tua Mão”, “Paulinha” ou “Gingão“. E claro que se prevê momento apoteótico quando “Sol da Caparica” for entoado a uma só voz pelos muitos milhares que certamente não quererão perder esta oportunidade singular de ver e aplaudir os Peste & Sida.

Quando se estreou, aos 25 anos, com o clássico “Com Uma Viagem na Palma da Mão”, Jorge Palma já tinha vivido Vilar de Mouros e uma revolução, já tinha viajado e colhido inspiração no Lou Reed e Leonard Cohen, nos Beatles e no Bob Dylan.
Depois vieram o Sérgio Godinho e o José Mário Branco, as mensagens e a poesia de Ary dos Santos, e tudo o inspirou a criar, ao longo das décadas seguintes, as suas próprias canções, tantas que o público português foi sempre aplaudindo com fervor, transformando-o num dos mais queridos artistas portugueses.
Agora, no dia 16 de agosto, ao vivo n’ O Sol da Caparica, Jorge Palma vai protagonizar um momento especial quando se apresentar sozinho ao piano, com as suas memórias e as suas canções que todos sabemos de cor.
Canções que o elevaram ao estatuto de um dos mais respeitados e aplaudidos cantautores portugueses de sempre, inspiração para muitos dos seus pares. Este concerto é um dos mais especiais da sua longa carreira, um encontro íntimo entre um autor e a sua obra, em frente do público que sempre o acarinhou

São grandes embaixadores da margem sul, os veteranos UHF, grupo de Almada, que conhece bem a Costa de Caparica, as suas gentes e as suas histórias. Foi com sonhos elétricos feitos de canções e de rock que os UHF deram os primeiros passos, fazendo de salas como Incrível Almadense ou o Rock Rendez Vous uma espécie de laboratórios onde afinaram a fórmula de um rock poético e musculado que obteve enorme sucesso logo quando se estrearam com o clássico álbum À Flor da Pele.
Sobre a vinda ao festival O Sol da Caparica, no dia 17 de Agosto, António Manuel Ribeiro, o histórico e carismático líder do grupo de “A Minha Geração”, disse à revista Blitz: “O que acontece de sucesso com o Sol da Caparica é que foi logo sucesso no primeiro ano. Conseguiu logo guindar-se a uma posição de festival de referência. É que o Sol da Caparica, utilizando música portuguesa, reflete os concertos cheios que nós todos temos. Os Xutos têm os concertos cheios, os UHF têm os concertos cheios, os Resistência têm os concertos cheios, ou o Carlão tem os concertos cheios. Ali reflete-se aquilo que acontece em todo o país”.

 

 

 

Partilha