Programação de Abril 2022 da Temporada Portugal-França 2022

Em abril, a Temporada Portugal-França 2022 apresenta 20 novos projetos onde se encontram concertos, espetáculos de teatro e dança, uma bienal de arte contemporânea e um workshop ligado à bioinspiração, numa programação recheada e a decorrer por todo o solo nacional.

 

Depois de um intensa abertura em fevereiro, a Temporada Portugal-França continua vigorosa no enriquecer dos dois países e do público com um amplo e diversificado programa de iniciativas culturais e científicas. Em Portugal e em abril – o mês da liberdade -, há 20 projetos para conhecer e experienciar, que simbolizam um lugar de reunião entre portugueses e franceses, na valorização da democracia, da diversidade, da inclusão e da igualdade de género, e no respeito pela diferença.

 

Concertos, espectáculos de dança e de teatro, mas também uma bienal de arte contemporânea, um workshop sobre bioarte e um grande encontro desportivo, entre outras aliciantes propostas, estão distribuídos por todo o país, durante este mês, para fortalecer os laços que unem Portugal e França e os valores que ambos preservam na Europa de agora.

 

Na música, destacam-se dois projetos voltados para a difusão da música erudita e contemporânea. Um deles, o festival “POLYCHROMIES”, além de uma extraordinária mostra de música erudita contemporânea portuguesa e francesa, dedica-se à formação especializada na interpretação desta prática sonora, e acontece simultaneamente em Lisboa (no espaço Lisboa Incomum) e em Dijon (nas instalações da ESM Bourgogne-Franche-Comté), já no dia 5 de abril.

Mais tarde, no dia 29, o programa “Travessias – Um Projeto de Cooperação Europeia” regressa ao Centro Cultural de Belém para apresentar o seu segundo momento: “Concertos Nómadas: Do Romantismo à criação no feminino”, com obras de Georges Onslow, Luís de Freitas Branco e Edith Canat de Chizy, interpretadas por Ophélie Gaillard (violoncelo) e pelo Quarteto Tejo (cordas).

 

No campo das artes, a dia 9 de abril, arranca a segunda parte da Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra – Anozero’21-22. Sob o mote “Meia-Noite” e com a curadoria de Elfi Turpin e Filipa Oliveira, a bienal parte da observação da noite como “espaço de fluidez e quebra de normas, lugar aberto a outras possibilidades de visão, de conhecimento, de interação, aberto a outros corpos”. São apresentados mais de 40 artistas e coletivos de várias gerações e latitudes, cujas obras (muitas das quais inéditas) são descobertas em cinco espaços emblemáticos de Coimbra.

No mesmo dia, a exposição “Negócios Estrangeiros / Affaires Etrangères” inaugura em Torres Vedras e em Aubervilliers. Neste outro momento de encontro entre culturas, no contexto da Temporada, e que se cruza em duas cidades, artistas e pensadores investigam as formas e os paradoxos da ação e da linguagem diplomática.

 

Em abril, a Temporada Portugal-França passa também pelos palcos de Lisboa e do Porto, com um naipe de espetáculos de teatro e dança imperdíveis que navegam entre as memórias da grande História e a de cada história. “Saigão”, que junta atores e atrizes de França e do Vietname, e “Fraternité, conte fantastique” são as duas peças que a dramaturga, encenadora e realizadora francesa Caroline Guiela Nguyen e a sua companhia Les Hommes Approximatifs apresentam no Teatro Nacional D. Maria II (de 22 a 24) e no Teatro Municipal São Luiz (26 e 27), respetivamente, em Lisboa.

No Porto, oportunidade única para se assistir ao novo espetáculo do coreógrafo Christian Rizzo, “Miramar” (Teatro Rivoli, 24 e 25), onde onze bailarinos se movimentam por paisagens poéticas, e ao solo de Boris Charmatz, “Somnole” (Teatro Campo Alegre, 26 e 27), baseado em experiências pessoais. Na cidade Invicta, mas no teatro, o encenador Sylvian Creuzevault mostra “Os Irmãos Karamázov”, a partir do romance homónimo de Dostoiévski, no Teatro Nacional São João (dias 29 e 30).

 

A natureza também é uma das fontes de criação artística. No caso da bioinspiração, esta arte inspira-se na natureza para imitar os seus princípios para inovar e criar, em resposta às necessidades da sociedade e aos desafios da mudança global. Indo ao encontro de um dos eixos temáticos da Temporada, Preservar o Oceano comum (Portugal e França são os únicos países europeus com um Ministério do Mar) o Museu Nacional de História Natural e Ciência da Universidade de Lisboa uniu forças com o Muséum national d’Historie naturelle de Paris para desenvolver ações, como o workshop franco-português “Bioinspiração – Quando a Natureza Inspira a Humanidade”, dia 27, no museu lisboeta.

 

De fevereiro a outubro, sob a temática “O Sentimento Oceânico”, a Temporada Portugal-França 2022 mergulha num grande acontecimento que junta dois países em cocriação, unidos pela amizade e pelos valores de defendem e partilham, através de mais de 200 eventos (84 cidades em França e 55 cidades em Portugal).

 

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