PAZ… Rock À Moda Do Porto 2023

Ontem, dia 20 de outubro, na Super Bock Arena, no Porto, decorreu o primeiro dia do festival, Rock À Moda Do Porto. O festival celebra, este ano, a sua segunda edição, e tem como objetivo celebrar as bandas de referência do rock nacional, que como todos sabem, são oriundas, na sua grande maioria,  do Porto.

Não querendo desprestigiar ninguém, nos finais dos anos 70, e nos anos 80, surgiram na cidade do Porto, uma série de bandas de pop/rock, que continuam a ser ouvidas, e movem bastante público para os concertos que realizam.

Os Trabalhadores Do Comércio, regressaram à cena musical, e estão aí com um novo disco, Objectivo.

Esta banda mantém a sua irreverência, sobretudo, com o seu vocalista, Sérgio Castro, que mostra que o tempo não alterou a sua forma de estar e ser em palco. Destaco a presença de Álvaro Azevedo, que regressou à bateria, e foi bastante aplaudido.

Destaco os temas, “Cantar De Emigassom”; “Micas Bidênte; “Louca”, tenho pena de não terem cantado o tema, icónico, “Chamem A Polícia”. O público dançou, e aderiu ao espetáculo.

A segunda banda, os Jafumega, prestaram uma bonita homenagem a Eugénio Barreiros, falecido em 2020, e membro da banda.

Destaco o tema, “Ribeira”, que foi sempre o meu preferido desta banda. Luís Portugal, continua com uma voz inconfundível.

E surge o momento da noite, o momento em que o público deixou de deambular pelo espaço da Super Bock Arena, e ficou pregado ao chão, para assistir ao show “fantabulástico” de Pedro Abrunhosa.

O Artista prende a atenção do público através das imagens passadas no ecrã gigante, através da Palavra, sem filtro, a escancarar a verdade do que se passa no mundo, a pedir PAZ, e a juntar em uníssono, as centenas de pessoas que assistiam ao seu momento. Há pessoas que são únicas, que conseguem empatia imediata com quem as está a ouvir, e nem que seja só por aqueles minutos, ali, vão ter consciência da realidade, esquecer os seus problemas, e ver que o mundo é imenso e que há crianças e inocentes a morrer, e todos temos o dever de pedir uma mudança.

É preciso PAZ.

Destaco todos os temas interpretados no palco, desde, “Não Posso Mais”; “Rei Do Bairro Alto”; “Talvez Foder”; “Se Eu Fosse Um Dia O Teu Olhar”, …, todos eles com uma participação super ativa de quem o estava a escutar. Há pessoas assim, que nasceram para o palco, para ter voz, e mais importante, para serem ouvidas.

E foi assim, em grande apoteose, que terminou o primeiro dia do Rock À Moda Do Porto.

Vamos ver como corre o último dia.

 

 

🖋 Ana Cristina

📸 Sergio Pereira

 

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