Novas confirmações para a edição de 2019 do MIMO Festival Amarante

A cabo-verdiana Mayra Andrade e os palestinianos 47Soul são as mais recentes confirmações do cartaz do MIMO Festival Amarante 2019 do qual já fazem parte o rapper brasileiro Criolo e o músico do Mali Salif Keita. Paralelamente, e depois do sucesso da exposição “Os Modernistas. Amigos e Contemporâneos de Amadeo de Souza-Cardoso” no ano passado, a Arte volta a ser uma forte aposta do MIMO Festival Amarante com a mostra “Abstração. Arte Partilhada Coleção Millennium bcp”, composta por mais de 30 obras de 18 autores nacionais e internacionais que vai ocupar o Museu Amadeo de Souza-Cardoso.

 

Mayra Andrade vai apresentar no MIMO Festival Amarante o seu novo disco, “Manga”, que tem como single “Afecto”. Com um novo som, que mistura as raízes de Cabo Verde e a modernidade do afrobeat, a cantora cabo-verdiana radicada em Portugal nunca esteve tão próxima da sua essência. Com uma carreira internacional consolidada, regressa seis anos depois de “Lovely Difficult” com um disco integralmente cantado em crioulo e português onde junta sons da música africana contemporânea com as suas raízes cabo-verdianas. O mais recente “Manga” conta com o contributo dos beatmakers Akatche e 2B, mas também com a participação do multi-instrumentista Kim Alves, o “guardião  da tradição cabo-verdiana”.

 

A representar o Médio Oriente estarão em Amarante os 47Soul. Conhecidos pelo seu ritmo inovador, denominado Shamstep – uma fusão entre a música tradicional palestina, a electrónica, o funk e o hip-hop -, os palestinianos possuem uma energia contagiante capaz de proporcionar ao público uma experiência única, num concerto que mistura estilos e culturas, com temas que ultrapassam fronteiras e nos fazem reflectir e dançar.

Com milhões de visualizações, o primeiro single “Intro to Shamstep” despertou a atenção de todo o mundo e garantiu-lhes a presença em grandes festivais como Glastonbury e Womad no Reino Unido, mas também no MIMO Festival Brasil. Em 2018, os 47Soul editaram o primeiro longa-duração, “Balfron Promise“, com letras em árabe e inglês onde abordam temas políticos da sua terra natal mas também aspectos da vida em Londres, para onde se mudaram em 2016. Além de sua influência musical são conhecidos por se envolveram em questões sociais. O nome da banda é, inclusive, uma alusão à ocupação da Palestina.

 

Em 2018, o MIMO Festival Amarante abraçou, pela primeira vez, a Arte juntando-a aos seus pilares base: a música, o cinema, os workshops e masterclasses, a poesia e os roteiros culturais. O sucesso da exposição “Os Modernistas. Amigos e Contemporâneos de Amadeo de Souza-Cardoso, Colecção Millennium bcp” levou a que este ano fosse impreterível continuar esta aposta.

Em parceria com a Fundação Millennium bcp, o Museu Amadeo de Souza-Cardoso recebe, no âmbito do MIMO Festival Amarante, “Abstração. Arte Partilhada Coleção Millennium bcp“. Mais de 30 obras de 18 autores como Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes, Mário Cezariny, Paula Rego, Júlio Pomar, Nadir Afonso, Eduardo Nery, entre outros, que se debruçaram sobre o abstraccionismo que foi, no século XX, um dos mais poderosos movimentos de afirmação da arte contemporânea.

Dos labirintos de Vieira da Silva (a única pintora portuguesa que teve consagração internacional) às composições ópticas de Eduardo Nery ou à escrita de chave perdida de Eduardo Batarda, passando pelo silêncio musical de Ângelo ou Jorge Pinheiro… estas imagens são desafios à emoção e à reflexão”, descreve Raquel Henriques da Silva, curadora da exposição.

 

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