A primeira edição de Colexpla – Festival Internacional de Exploração Sonora marca o arranque da nova temporada do Teatro Nacional São João (TNSJ) e chega ao Teatro Carlos Alberto (TeCA) de 12 a 15 de setembro, numa coprodução da Casa com a Sonoscopia. Com conceção e direção de Gustavo Costa e Patrícia Caveiro, Colexpla surge da herança do Co-Lab – Festival Internacional de Música Experimental, evento que contou com cinco edições no Porto, entre 1998 e 2003, e contribuiu para a definição da identidade estética de vários músicos portuenses, fundamental para a criação dos pilares daquilo que viria a ser a Sonoscopia.
Quinze anos passados, Colexpla surge com o intuito de renovar e dar continuidade a esse legado, ao tomar “o pulso” do estado atual da música exploratória, refletindo e interferindo sobre ele, potenciando possíveis repercussões na criação artística portuguesa. O Festival arranca no dia 12, às 21h00, com a exposição Hybrid instruments de Ken Butler (artista e músico reconhecido pela construção de instrumentos musicais híbridos com objetos comuns e fora do vulgar) e a instalação sonora Driver: um objeto sonoro cinético, constituído por dois circuitos sonoros e elementos eletrónicos e mecânicos auxiliares do russo ::vtol::. Destaque ainda, no dia de arranque, para dois concertos a partir das 21h30: Voices of Anxious Objects, de Ken Butler; e mink, protagonizadopor Kaffe Matthews, Diana Combo, Inês Castanheira e Marta Ângela.
No segundo dia do Colexpla, Tomoko Sauvage apresenta, às 21h00, uma performance com waterbowls: taças de porcelana de várias dimensões cheias de água e amplificadas por microfones subaquáticos. Às 22h00, decorre o concerto do Trio Sowari, que reúne um especialista inglês em eletrónica, um saxofonista francês e um percussionista alemão. Já os concertos de dia 14, com início também às 21h00, têm como “cabeças de cartaz” o francês Toma Gouband – percussionista e improvisador que toca a solo, desenvolvendo música com pedras numa bateria e pratos utilizados como ressoadores – e a mistura de influência ibéricas de Alfredo Costa Monteiro e Miguel A. Garcia (às 22h00).
O último dia do Festival inicia-se com uma conversa, às 17h00, com os artistas ::vtol::, Kaffe Matthews e com a Sonoscopia. A partir das 18h00, é a vez de Wade Matthews e Abdul Moimême pisarem o palco. Colexpla encerra com três concertos: Lionel Marchetti e Xavier Garcia, às 21h00; The Last Shall Be First, de Meira Asher e Eran Sachs, às 22h00; e o colectivo MSHR, composto por Birch Cooper e Brenna Murphy, às 23h00. Do programa consta ainda um workshop, que decorre nos dias 13 e 14, das 10h00 às 17h00, com a participação de ::vtol::, e que consiste na construção de um instrumento sónico que irá converter pequenos objetos de superfície áspera em som.
