Mónica Calle leva à cena Salomé a partir da tragédia bíblica de Oscar Wilde

Três anos depois de coproduzirem Este É o Meu Corpo, ciclo onde Mónica Calle revisitou quatro emblemáticos solos, o Teatro Nacional São João reencontra-se com o seu teatro íntimo e ritual. Salomé resulta de um convite do TNSJ à atriz e encenadora, que assina a encenação, cenografia, figurinos e desenho de luz.

 

Poema dramático simbolista de Oscar Wilde, Salomé foi escrito em 1892 e baseia-se na história bíblica da decapitação de São João Batista. A peça do escritor irlandês é aqui o horizonte onde se inscrevem as obsessões temáticas e formais – numa palavra: performativas – de Mónica Calle. Em Salomé, ela sonda a arte como potência ou força capaz de abalar as hierarquias de poder e dominação, bem como as tentativas de silenciamento da memória individual e coletiva.

 

Coproduzido pela Casa Conveniente/Zona Não Vigiada, o Teatro Nacional São João e o Teatro Aveirense, o espetáculo tem interpretação de João Cravo Cardoso, Johann Ebert, José Miguel Vitorino, Maria Teresa Projecto, Miguel Fonseca e Mónica Garnel. Elenco selecionado a partir de uma audição/workshop destinada a atores e a cantores líricos, que decorreu no Mosteiro de São Bento da Vitória em julho.

 

Salomé estreia no Teatro São João no dia 2 de novembro, onde fica em cena até ao dia 12. As sessões de quarta-feira, quinta-feira e sábado são às 19h00, as sessões de sexta-feira às 21h00 e as de domingo às 16h00. No dia 5 de novembro, o espetáculo tem tradução em Língua Gestual Portuguesa e, no final, há uma conversa mediada por Mónica Guerreiro.

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