“Miguela” é o álbum de estreia de Silly

Quase três anos depois do primeiro EP, “Viver Sensivelmente”, Silly entrega delicadamente o álbum de estreia repleto de texturas musicais e uma maturidade singular. O disco está disponível em todas as plataformas digitais e ganha vida em palco, este sábado, 10 de fevereiro, no CCB, em Lisboa.

 

A voz delicada pode levar a crer que flutua, mas a profundidade da sua partilha leva-nos num mergulho pela música de Silly. O nome artístico não esconde, mas revela: Silly é Maria Bentes, em toda a sua escrita francamente autobiográfica. Com uma história pessoal feita de mudanças, a artista nasceu nos Açores, mudou-se para Serpa e assentou em Lisboa. Começámos a ouvir falar dela em 2020, com canções como “Além” e “Intencionalmente”. Em 2021, lançou o EP de estreia, “Viver Sensivelmente”, e no final do ano seguinte, surgiu com uma nova canção: “Água Doce”.

Desde o verão passado que a artista está entregue de corpo e alma ao desafio de criar “Miguela”, o primeiro longa duração cujo nome abre um portal para o passado: é o nome que a mãe gostaria de lhe ter dado, apesar de se ter resignado ao mais parecido que as convenções lhe permitiram, Maria Miguel. Depois de 3 singles já revelados, este álbum leva-nos numa viagem altamente intimista, onde Silly procura algumas respostas para as suas inquietações do presente: qual o seu lugar? Qual o caminho até lá? E o medo será travão ou motor dessa viagem? No entanto, nada disso a bloqueia criativamente, pelo contrário.

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