José Mário Branco lança finalmente material raro e inédito

Não exageramos se dissermos que este é um dos discos mais desejados da história da música portuguesa e a Warner Music anuncia a sua edição para o próximo dia 1 de Junho de 2018 . Ao fim de longos anos de espera, José Mário Branco lança finalmente em CD a almejada recolha de material raro e inédito gravado ao longo de um pouco mais de um quarto de século. Entre temas que nunca foram editados em disco, singles raros que nunca voltaram ao mercado, ou maquetas nunca antes ouvidas, “Inéditos 1967-1999” marca a primeira edição em CD – em alguns casos até mesmo em disco! – de 26 temas de um dos mais influentes cantautores portugueses, seleccionados cuidadosamente pelo próprio José Mário Branco, em muitos casos devidamente restaurados a partir das bobines originais.

 

Aqui se reencontram, pela primeira vez, as primeiras gravações realizadas por José Mário Branco, antes ainda da edição do álbum de estreia “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”:

– As seis Cantigas De Amigo lançadas pelos Arquivos Sonoros Portugueses de Fernando Lopes Graça, aqui ampliadas por uma sétima maqueta que ficou de fora do EP original;

– O tema “Quantas Sabedes Amar, Amigo” (ou “Mar de Vigo”) – que abre esta colectânea.

Aqui se descobrem raridades conhecidas de poucos:

– A colaboração de José Mário Branco no grupo artístico francês Groupe Organon, com “Le Proscrit De 1871”, lançado num EP de 1971;

– As canções escritas para os filmes Gente Do Norte e O Ladrão Do Pão, esquecidas desde o seu lançamento em single;

– A marcha “São João Do Porto”, originalmente incluída no single “Marchas Populares” editado pela Comuna-Cooparte;

– A regravação de 1986 de “Remendos E Côdeas” para um álbum comemorativo do centenário do 1º de Maio;

– “Quantos É Que Nós Somos”, gravado para um disco de homenagem a Otelo Saraiva de Carvalho.

E, mais importante, aqui se incluem temas nunca antes editados em disco:

– As maquetas de “Fim De Festa”, realizada para um EP de marchas da Comuna-Cooparte, e “Eu Não Tenho A Certeza”, que seria gravada por Shila;

– O quarteto instrumental em 3 andamentos “Fantaisie Languedocienne”, composto em 1987 mas que surge agora na primeira gravação de estúdio;

– Os cinco temas que escreveu para a banda-sonora do filme de Jorge Silva MeloAgosto”, gravados em parte com os Ena Pá 2000;

– O bolero “Alma Herida”, escrito para o filme de Paulo Rocha A Raiz Do Coração.

 

Esta edição enquadra-se na comemoração dos 50 anos de carreira discográfica de José Mário Branco. A comemoração desta efeméride teve início em 1 de Dezembro de 2017, com o relançamento, em edições limitadas, da sua obra completa de longa-duração: sete álbuns de originais e um álbum ao vivo, publicados originalmente entre 1971 e 2004. “Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades” (1971), “Margem de Certa Maneira” (1972), “A Mãe” (1978), “Ser Solidário” (1982), “A Noite” (1985) e “Correspondências” (1990) surgiram nas versões restauradas em 1997 por José Manuel Fortes sob a supervisão do próprio José Mário Branco. A reedição ficou completa com o último álbum de material original do artista, “Resistir é Vencer” (2004), e com o álbum ao vivo José Mário Branco ao Vivo em 1997.

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