“Geocide” é uma visão de futuro catastrófico que se tornou realidade

A Peça de teatro “Geocide” é uma visão de futuro catastrófico que se tornou realidade Estreado em 2017, ainda longe de se avizinhar a pandemia provocada pela Covid-19, o projeto da companhia Estrutura propõe uma experiência performativa, visual e sonora, que especula e efabula sobre possíveis cenários mais ou menos apocalípticos, tecno-digitais, hiper-vigilantes ou “ecocidas”.

 

Quando estrearam Geocide, em 2017, Cátia Pinheiro e José Nunes – cofundadores da companhia Estrutura – estavam longe de imaginar que uma pandemia iria assolar o mundo, trazendo profundas implicações nos indivíduos, na sociedade e no próprio conceito de humanidade.

 

Neste espetáculo, que “conta uma história sem História, num lugar mais ou menos distópico”, encontram-se em palco três seres confinados no seu próprio mundo e a ação não está naquilo que transportam, mas no dispositivo que pisam. Geocide, uma criação da Estrutura, é apresentada, em sessão única, no próximo dia 26 de junho, às 21h30, no Grande Auditório do Teatro das Figuras, em Faro. Geocide serve-se do termo homónimo avançado pelo arquiteto, urbanista e filósofo francês Paul Virilio na obra The Futurism of the Instant, para se referir ao atual fenómeno massivo de mobilidade demográfica e à previsão de que assistiremos à abolição das noções de identidade geográfica e territorial.

 

A peça propõe uma reflexão sobre o aqui e o agora, mas também sobre uma visão de futuro que talvez não esteja assim tão distante da atualidade. O espetáculo conta com a interpretação de Cátia Pinheiro, José Nunes e Tiago Jácome.

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