A performance-instalação Dissonant Counterpoint é mais um capítulo no longo trabalho de investigação, resgate e reinterpretação de Diana Policarpo da obra da compositora ultramodernista Johanna M. Beyer (1988-1944), nome fundamental – mas altamente invisibilizado e posto à margem – da música electrónica e composição experimental. Ao colocar em diálogo o trabalho e a vida de Beyer, segundo uma perspectiva política feminista, num dispositivo accionado por trajectórias paralelas – som, texto, escultura –, Diana Policarpo apropria, inscreve no presente e vivifica o legado musical da compositora germano-americana, chamando a nossa atenção para a discriminação e invisibilidade históricas das mulheres (no caso de Beyer, uma mulher imigrante solteira nos anos 30) e para um cânone artístico que é altamente androcêntrico e limitador.
Diana Policarpo é uma artista visual e compositora sediada entre Lisboa e Londres.
Esta exposição de Diana Policarpo é apresentada no espaço do Belo Campo, projecto iniciado pelo artista Adrien Missika e acolhido na cave da Galeria Francisco Fino
Espaço do Belo Campo / Galeria Francisco Fino (Lisboa)
27 de Janeiro 2018 a 1 de Março 2018