8ª edição do Festival Literário da Madeira (FLM)

A 8ª edição do Festival Literário da Madeira (FLM) vai ser marcada por forte presença feminina de várias partes do mundo. A edição de 2018, que decorre entre 13 e 17 de Março sob o tema Jornalismo e Literatura – a palavra que prende, a palavra que liberta, acolhe na ilha da Madeira grandes nomes da literatura, do jornalismo e da música.

Não é invulgar um jornalista assumir o papel de ficcionista, exercendo, desta forma, o potencial libertário da palavra. Vários autores, entre os quais os que também conjugam a escrita ficcional com a escrita jornalística estarão no Funchal a debater sobre como se distanciam ou aproximam da atualidade. São cinco dias dedicados aos artífices da palavra e ao público madeirense.

Pelo Festival Literário da Madeira, festival de renome no panorama dos festivais literários europeus, já passaram autores premiados das mais diversas nacionalidades como, entre outros, Eduardo Lourenço, Alberto Manguel, Helder Macedo, Naomi Wolf, Gonçalo M. Tavares, Mia Couto, Samar Yazbek, Ondjaki, Lídia Jorge, Frederico Lourenço, Eimear McBride, Adam Johnson, Pepetela e o recentemente falecido Zygmunt Bauman.

Ottessa Moshfegh, escritora norte-americana vencedora do Prémio PEN/Hemingway (2016), Eleanor Catton, autora neozelandesa e a mais jovem a receber o Man Booker Prize (2013) e Sofi Oksanen, escritora finlandesa vencedora do Prémio Femina (2010) e do Prémio Nórdico da Academia Sueca (2013) são os primeiros nomes anunciados.
Este ano o momento musical do FLM é marcado pela voz inconfundível da fadista Aldina Duarte que se apresenta no Teatro Municipal Baltazar Dias, o palco central do festival.

O primeiro dia do FLM, 13 de março, será marcado pelo encontro entre o escritor e jornalista britânico Mick Hume e Ricardo Araújo Pereira, numa conversa moderada por João Paulo Sacadura.

O trabalho da boa ficção é confortar o perturbado e perturbar quem está confortável” (David Foster Wallace), com a escritora neozelandesa Eleanor Catton, o escritor José Luís Peixoto e a escritora finlandesa Sofi Oksanen, moderada pela jornalista Ana Daniela Soares (14 março, 18h)

 “A realidade é mais inatingível que Deus – porque não se pode rezar para a realidade.” (Clarice Lispector), entre o escritor e tradutor norte-americano Benjamin Moser e a jornalista Raquel Marinho (15 março, 18h);

“O mundo está à espera de uma grande história, de um furo jornalístico, de uma narrativa sensacional escrita debaixo de uma chuva de balas.” (Ryszard Kapuściński), entre os jornalistas e repórteres Cândida Pinto, Carlos Fino e Paulo Moura, moderada pelo jornalista Paulo Jardim (16 março, 18h);

A vista de Jerusalém é a história do mundo; é mais do que isso; é a história do céu e da terra.” (Benjamin Disraeli), entre Esther Mucznik, fundadora do Museu Judaico de Lisboa, o frade dominicano Frei Bento Domingues e Sheik David Munir, imã da mesquita central de Lisboa, moderada pelo jornalista João Céu e Silva (17 março, 15h);

“Compreender as pessoas não tem nada a ver com a vida. O não as compreender é que é a vida.” (Philip Roth), com a escritora e jornalista Clara Ferreira Alves, a escritora norte-americana Otessa Moshfegh e o escritor José Gardeazabal, moderada pelo editor Nuno Seabra Lopes (17 março, 16h30);

 

A 8ª edição do FLM fica ainda marcada por sessões de conversas com autores em outros pontos da ilha.

A organização do FLM está a cargo da associação ECA – Eventos Culturais do Atlântico, que tem por principal objetivo a promoção sociocultural através do fomento da prática artística e pedagógica, e organização de eventos nacionais e transfronteiriços e de desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação e da informação.

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